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Alexandre de Moraes: entre a crítica e a justificativa

Há algum tempo, as decisões de Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal do Brasil e chefe do Tribunal Superior Eleitoral do país, têm sido objeto de intensos debates na comunidade jurídica brasileira. E até atraiu a atenção da extrema-direita global cada vez mais organizada.

Membros pró-Trump do Congresso dos EUA apresentaram um relatório sobre o tema, enquanto o bilionário Elon Musk fez fortes críticas ao ministro Moraes e o chamou de “ditador”. O juiz respondeu colocando o proprietário da plataforma de mídia social X sob investigação por obstrução da justiça, incitação à atividade criminosa e “instrumentalização criminosa intencional” de X (antigo Twitter).

O debate sobre os erros e acertos do ministro Moraes, porém, tem sido atolado em chavões e chavões que pouco explicam, mas dividem muito.

A extrema direita afirma que existe uma “ditadura judiciária” no Brasil, ao mesmo tempo em que afirma ser defensora da liberdade absoluta de expressão – apesar de tentar minar a credibilidade da imprensa profissional, intimidar oponentes e lucrar com a tolerância das plataformas de mídia social do discurso de ódio.

Alexandre de Moraes, por sua vez, insiste que “liberdade de expressão não é liberdade de agressão, não é liberdade de ofensa, de ameaça”, mas não dedica muito tempo a justificar as suas severas ordens contra os investigados.

Como membro do Supremo Tribunal Federal, as decisões do Ministro Moraes se espalharam por diversas áreas. Assim, uma avaliação completa do seu trabalho depende da análise individual de cada caso, o que muitas vezes é impossível devido às investigações que decorrem sob sigilo judicial. Mas há três fios principais que permeiam a maioria das críticas a Alexandre de Moraes

As muitas indagações de Alexandre de Moraes

O ministro Moraes supervisiona tantos inquéritos relacionados ao ex-presidente de extrema direita Jair Bolsonaro e seus aliados e apoiadores que muitas vezes há alguma confusão sobre como isso aconteceu.

Tornou-se comum dizer que a Justiça assumiu a relatoria do chamado Inquérito das Fake News em 2019 — a partir de um procedimento já bastante questionado na época — e a partir de então tornou-se relatora de todos os outros inquéritos de alguma forma ligados para a sonda inicial.

O Inquérito das Fake News foi alvo de muitas críticas desde o início porque foi aberto pelo então presidente do STF, Dias Toffoli, e repassado diretamente ao ministro Moraes — e não por sorteio, como é de praxe.

Em 2020, os juízes decidiram, por…



Com informações de Brazilian Report.

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