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Supremo Tribunal suspende outra multa por corrupção na Lava Jato

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, suspendeu na quarta-feira o pagamento de R$ 8,5 bilhões (US$ 1,7 bilhão) em multas no âmbito de um acordo de leniência assinado pelo conglomerado global de construção Novonor, anteriormente conhecido como Odebrecht.

A decisão permite que a Novonor solicite ao Ministério Público Federal e à Controladoria-Geral da União e à Procuradoria-Geral da República a revisão dos termos do acordo de leniência que assinou no final de 2016, na esteira da Operação Lava Jato, um movimento anti- força-tarefa contra corrupção.

Nesse mesmo ano, a Odebrecht e a sua subsidiária petroquímica Braskem confessaram-se culpadas perante o Departamento de Justiça dos EUA e concordaram em pagar pelo menos 3,5 mil milhões de dólares para resolver acusações com autoridades dos EUA, Brasil e Suíça, no que foi chamado de “o maior suborno estrangeiro”. caso na história.”

Esta não é a primeira ação do ministro Toffoli.

Em setembro de 2023, anulou todas as provas obtidas por policiais e promotores em dois sistemas de informática da Odebrecht. Ele escreveu que os agentes da Lava Jato “desconsideraram o devido processo, subverteram evidências e agiram com preconceito e fora de seu mandato”, acrescentando que a operação foi “um dos maiores erros judiciais da história do país”.

Ele baseou seu entendimento em mensagens vazadas trocadas por membros da força-tarefa da Lava Jato que mostravam que o ex-juiz Sergio Moro estava em conluio com promotores.

A decisão de quarta-feira de suspender o pagamento de multas surge na sequência da eliminação de provas.

No final de 2023, o ministro Toffoli suspendeu multa de R$ 10,3 bilhões (US$ 2,1 bilhões) imposta ao frigorífico J&F como parte de outro acordo de leniência, assinado em 2017, também no âmbito da Lava Jato. Grupo J&F, embora não tenha assinado a petição analisada pelo marido.

As recentes decisões do ministro Toffoli levaram o Grupo de Trabalho sobre Suborno da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) a expressar preocupação com a capacidade do Brasil de combater a corrupção. A Transparency International citou as ações da justiça ao explicar por que o Brasil perdeu dez posições em seu ranking de percepção de corrupção.

Os reveses na agenda anticorrupção – em particular as recentes decisões judiciais que desfazem o trabalho da altamente polémica Operação Lava Jato em casos com ramificações estrangeiras – estão a minar a autoridade do poder judicial, afirmou a Transparência Internacional.

O relatório afirma que eles “afetaram a imagem internacional do país” e transformaram o Brasil em um “cemitério de evidências”.



Com informações de Brazilian Report.

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