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Novo aliado de Lula comprova seu desalinhamento ideológico com o governo

O partido de direita Progressistas (PP) aprovou esta semana uma declaração de “valores essenciais” para orientar seu trabalho no Congresso, incluindo alguns princípios que podem atrapalhar a agenda do governo Luiz Inácio Lula da Silva. Um membro do PP ingressou recentemente no gabinete de Lula como ministro dos Esportes.

O documento de sete páginas, aprovado na noite de terça-feira por votação unânime dos altos escalões do partido, defende “liberdade religiosa” e “família” – termos tipicamente usados ​​pela extrema direita brasileira como apitos para se opor ao casamento gay. Esta semana, legisladores de extrema-direita numa comissão da Câmara tentaram, sem sucesso, realizar a votação de um projeto de lei que reverteria o direito às uniões entre pessoas do mesmo sexo no Brasil, embora eles próprios não fossem membros do PP.

O documento também defende a “vida desde a concepção” e se opõe à descriminalização das drogas. Actualmente, porém, o principal fórum para discutir o aborto e as drogas é o Supremo Tribunal, onde os legisladores têm muito menos influência.

A declaração também se opõe às “invasões de terras”, referência ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), fortemente ligado ao Partido dos Trabalhadores e alvo de inquérito na Câmara.

O documento também se opõe ao aumento de impostos e contém outros pontos anódinos sobre a defesa dos cuidados de saúde, da educação e de políticas de bem-estar inclusivas.

O PP tem atualmente 49 parlamentares na Câmara – incluindo o presidente da Câmara, Arthur Lira – e seis senadores, dois dos quais atuaram como ministros no governo Jair Bolsonaro.



Com informações de Brazilian Report.

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