Prefeito de São Paulo intensificará reclamações sobre Enel após apagão de 60 horas
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, prometeu na quinta-feira apresentar novas queixas contra a Enel, multinacional italiana responsável pela distribuição de energia no estado de São Paulo, depois que um novo apagão na parte central da maior cidade do Brasil durou mais de 60 horas.
“A Prefeitura está indignada com a falta de respeito da Enel com o povo de São Paulo”, disse Nunes nas redes sociais.
Moradores e lojistas do centro de São Paulo enfrentaram o terceiro dia consecutivo de cortes de energia na quarta-feira. Alimentos estragados nas geladeiras eram jogados fora. Alguns empresários alugaram geradores de emergência. Os semáforos pararam de funcionar. Algumas empresas mandaram seus funcionários para casa mais cedo por causa do apagão.
O diretor de manutenção da Enel, Darcio Dias, disse aos principais telejornais do Brasil que as manutenções em cabos subterrâneos, como os do centro de São Paulo, demoram mais para serem realizadas e que a empresa está trabalhando para reduzir o tempo de restabelecimento da energia.
A Enel disse em comunicado que a energia foi restaurada para 97 por cento dos clientes no centro de São Paulo na tarde de quarta-feira e que estava oferecendo cerca de 1.000 geradores para as residências e empresas restantes.
O apagão também afetou o tribunal militar, um colégio e três hospitais.
A Enel venceu uma licitação pública em 2018 para adquirir a Eletropaulo, extinta estatal de energia elétrica. Na época, a Eletropaulo já estava sob o controle de uma empresa privada, a norte-americana AES, que vendeu sua participação.
Como o contrato da Enel está sob jurisdição federal, as opções do prefeito são limitadas.
Nunes concorre à reeleição em outubro. Ele já foi duramente criticado nas redes sociais por sua abordagem branda ao problema da eletricidade. Em novembro, durante um grande apagão que deixou milhões de pessoas sem energia, ele participou do Grande Prêmio de Fórmula 1 no autódromo de Interlagos da cidade.
Com informações de Brazilian Report.
