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Rastreabilidade é palavra de ordem do Brasil contra o desmatamento da pecuária

Compromissos conjuntos e iniciativas juridicamente vinculativas para reduzir o desmatamento nas cadeias de abastecimento podem acelerar a transição para o desmatamento zero, de acordo com um roteiro assinado pelos maiores comerciantes de commodities agrícolas, incluindo Cargill, Bunge, Archer Daniels Midland, Louis Dreyfus, JBS do Brasil e Marfrig, e COFCO Internacional da China.

A iniciativa, acordada no ano passado na Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP27) no Egipto, promete eliminar a desflorestação das suas cadeias de abastecimento de soja, carne bovina e óleo de palma até 2025. A Big Agro espera que o esforço ajude o mundo a limitar o aquecimento global a um aumento de 1,5°C, um dos principais objetivos do Acordo de Paris.

Eles apresentaram os resultados do seu primeiro ano de compromisso durante a COP28 deste ano, realizada em Dubai.

Em relação aos comerciantes de carne bovina, o relatório concentrou-se nos esforços contínuos para rastrear o gado e fornecer ao governo brasileiro, o maior exportador mundial e o segundo maior produtor de carne bovina, ferramentas para implementar uma estratégia nacional de rastreabilidade.

O relatório foi apresentado pela Associação Brasileira dos Exportadores de Carne Bovina (Abiec), que coordena iniciativas entre empresas do setor.

Na chamada “Amazônia Legal” (conjunto de nove estados por onde passa o bioma de floresta tropical), a pecuária é o maior vetor de desmatamento. Para colocar isto em perspectiva, alcançar a desflorestação zero só neste bioma salvaria aproximadamente 11.500 quilómetros quadrados de floresta amazónica – o equivalente a 578 milhões de árvores e uma área duas vezes maior que o estado norte-americano de Delaware.

“As grandes empresas não podem simplesmente criar os seus próprios sistemas de rastreabilidade porque todas compram gado nos mesmos locais [suppliers]. Além disso, tem havido uma manifestação de interesse por parte do governo em ter uma política de rastreabilidade imposta pelo Estado”, disse Jack Hurd, diretor executivo da Tropical Forest Alliance, uma iniciativa do Fórum Econômico Mundial que trabalha com empresas extrativas em compromissos ambientais. , diz O Relatório Brasileiro.

A comunidade internacional espera que o compromisso de desflorestação zero do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, liderado pela Ministra do Ambiente, Marina Silva, combinado com as novas regras de importação da União Europeia, possa dar um novo impulso aos esforços de rastreabilidade do Brasil.

O Brasil já possui sistemas de monitoramento ambiental e pecuário, mas eles não foram projetados para os mesmos fins e não se comunicam entre si.

A Mesa Brasileira da Pecuária Sustentável, associação sem fins lucrativos que reúne empresas e organizações do setor, apresentará ao Ministério da Agricultura proposta para criação de um banco de dados único que reúna dados do GTA (sistema de documentação de trânsito de animais gerenciado pelo Estado). e o CAR (ou Cadastro Ambiental Rural).

Enquanto a GTA traz informações como origem e destino dos animais, o CAR traz informações sobre a situação de regularidade ambiental das áreas onde os animais estiveram.

Ambos os sistemas têm seus problemas e limitações. Por um lado, o GTA é um sistema confidencial, com informações disponíveis apenas para órgãos governamentais. Nem mesmo os produtores de carne têm acesso a ela.

Trata-se de um banco de dados criado para fins de saúde animal e há resistência da indústria em utilizá-lo de outra forma — a divulgação integral dessas informações pode revelar…



Com informações de Brazilian Report.

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