Minha Casa Pre Fabricada

Lula fala o que fala, mas apregoa os blocos petrolíferos

Após a última Conferência da ONU sobre o Clima em Dubai, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil comemorou os resultados das negociações — e emitiu uma declaração destacando as “lacunas significativas na implementação dos compromissos climáticos”, apontando o dedo às economias desenvolvidas em particular.

O governo manifestou satisfação com a “decisão histórica” de abordar, “pela primeira vez, a questão dos combustíveis fósseis”. A declaração estava alinhada com as observações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a COP28, quando criticou os países desenvolvidos pelo seu “ritmo lento de descarbonização” e pelas suas “palavras eloquentes mas vazias” sobre salvar o planeta.

Porém, no mesmo dia em que o governo brasileiro comemorou o reconhecimento da necessidade de se afastar dos combustíveis fósseis, realizou um grande leilão de petróleo, oferecendo mais de 600 áreas para exploração de petróleo e gás em diversas regiões do país – incluindo uma nova fronteira petrolífera brasileira.

O leilão foi realizado em meio a protestos de entidades ambientalistas, que se reuniram em frente ao hotel carioca onde ocorreu o leilão. Ativistas tentaram, sem sucesso, bloquear o leilão na Justiça.

Segundo estudo do instituto ambiental Arayara, 94,2% dos blocos em leilão se sobrepõem a áreas protegidas e violam padrões ambientais estabelecidos pela Agência Nacional do Petróleo (ANP).

Algumas das áreas a leilão apresentam riscos à biodiversidade marinha devido à proximidade com o arquipélago de Fernando de Noronha, em Pernambuco, embora esses blocos não tenham recebido licitações.

Apesar da polêmica, a exploração de 192…



Com informações de Brazilian Report.

Similar Posts