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A disparidade de gênero diminui no Brasil, mas apenas ligeiramente

No Dia Internacional da Mulher, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgou dados atualizados sobre as disparidades de gênero no Brasil. Os números referem-se a 2022. Indicam progressos em vários setores, embora a um ritmo lento.

Contudo, um revés notável merece atenção: a taxa de mulheres entre os diplomados que ingressam TRONCO carreiras diminuiu de 23,2 por cento em 2012 para 22 por cento em 2022. Por outro lado, as mulheres representam mais de 60 por cento dos diplomados em programas de graduação presenciais tradicionais.

Barbara Cobo, coordenadora do estudo, atribui estas tendências às expectativas da sociedade, observando que “as normas sociais moldam estas escolhas; as mulheres, muitas vezes sobrecarregadas com responsabilidades de cuidados, tendem a gravitar em torno de campos que acomodam essas funções”, disse a Sra. Cobo.

No que diz respeito ao horário de trabalho, a disparidade entre homens e mulheres diminuiu marginalmente desde 2016, com as mulheres a trabalharem agora em média mais 2,3 horas por semana. Esta disparidade é largamente influenciada pela distribuição desigual das tarefas domésticas e de prestação de cuidados, com as mulheres a dedicarem 21,3 horas por semana a essas tarefas, em comparação com as 11,7 horas dos homens.

A carga é particularmente pesada para as mulheres negras e pardas, que dedicam em média 22 horas semanais às responsabilidades domésticas, em comparação com 20,4 horas para as mulheres brancas. As disparidades raciais não afectam significativamente as contribuições dos homens.

A distribuição desigual do trabalho doméstico também tem impacto na participação das mulheres na força de trabalho, com uma diferença de 9,6 pontos percentuais nas taxas de emprego entre mulheres com e sem filhos pequenos. Por outro lado, os homens com filhos pequenos têm maior probabilidade de estar empregados do que aqueles que não têm.

As desigualdades persistem após a entrada no mercado de trabalho e estendem-se às condições de reforma. Apesar de serem mais instruídas, as mulheres ocupam pouco mais de 39 por cento dos cargos de gestão, um número inalterado em relação a 2016.

As discrepâncias salariais sublinham ainda mais a desigualdade de género, com as mulheres a ganharem 63,3 por cento do rendimento dos homens em profissões que exigem níveis mais elevados de educação e intelectualização. Nomeadamente, existem excepções em sectores dominados por homens, como as Forças Armadas, a polícia e as equipas de bombeiros, onde as mulheres em cargos mais elevados recebem remunerações apenas ligeiramente mais elevadas do que os seus homólogos masculinos.

Nosso Boletim diário do Brasil mostraram que ter um filho no Brasil reduz em 37% a probabilidade de uma mulher manter um emprego, de acordo com o Atlas de Penalidade Infantil. O estudo examina se as grandes disparidades de género podem ser explicadas pelas diferenças no impacto da formação familiar – casar e ter filhos – nas mulheres em relação aos homens.

Política

O Brasil está atrás dos seus homólogos latino-americanos na arena política, com as mulheres ocupando apenas 18 por cento dos assentos na Câmara em 2023. Da mesma forma, a representação feminina no Supremo Tribunal permanece escassa, com apenas uma juíza.

A situação é igualmente abaixo do ideal dentro do governo Luiz Inácio Lula da Silva, decepcionando as defensoras feministas. Actualmente, apenas nove dos 38 ministérios são liderados por mulheres.

Em resposta a esses desafios, Lula anunciou iniciativas no dia 8 de março, destinando R$ 10 milhões (US$ 2 milhões) para tornozeleiras eletrônicas para perpetradores de violência doméstica, R$ 30 milhões para programas de treinamento de liderança no combate à violência de gênero e à misoginia, e R$ 4 milhões para milhões para projetos da sociedade civil destinados a aumentar o envolvimento político das mulheres.



Com informações de Brazilian Report.

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