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Zambelli, leal a Bolsonaro, despede-se da Câmara dos Deputados do Brasil

A deputada de extrema direita Carla Zambelli, a terceira mais votada no país para a Câmara em 2022, anunciou na quinta-feira que estava tirando uma licença temporária por motivos de saúde não revelados.

Sra. Zambelli, uma legisladora em segundo mandato de 43 anos, tirou licença médica em outras ocasiões, inclusive após um diagnóstico de Covid. Em 2023, seu gabinete disse que a parlamentar não foi vacinada contra a Covid.

A Polícia Federal apresentou recentemente acusações criminais contra a Sra. Zambelli. Apoiadora convicta de Jair Bolsonaro na Câmara, ela é acusada de ordenar a invasão dos servidores do Judiciário – incluindo invadir o celular do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, que também é o juiz-chefe eleitoral do Brasil. O hacker que ela contratou para o trabalho, Walter Delgatti, também enfrenta acusações.

Em fevereiro passado, O Relatório Brasileiro revelou que Delgatti, um infame hacker que ganhou notoriedade após invadir contas do Telegram pertencentes a autoridades, foi contratado para invadir o telefone do ministro Moraes e encontrar sujeira sobre ele.

Além disso, o Supremo Tribunal Federal classificou a Sra. Zambelli como réu por perseguir um homem sob a mira de uma arma pelas ruas de São Paulo. O incidente ocorreu no final de 2022, um dia antes do segundo turno eleitoral em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva derrotou Jair Bolsonaro por estreita margem.

Seus advogados de defesa apelaram, mas o tribunal manteve a decisão.

A Sra. Zambelli teve mais de 946.000 votos para a Câmara em seu estado natal, São Paulo, em 2022, um aumento tremendo em relação aos 76.000 votos de 2018, quando foi eleita pela primeira vez.

Leal a Jair Bolsonaro, ela foi autora de uma moção para impeachment do presidente Lula este ano por comparar as operações militares em curso de Israel em Gaza ao Holocausto.

O texto argumenta que o “ponto mais alto” da crise com Israel ocorreu quando o Brasil se juntou a outros países ao pedir aos juízes da Corte Internacional de Justiça (CIJ) que declarassem ilegal a ocupação da Palestina por Israel, implicando assim que a comparação com o Holocausto é na verdade não é o problema principal.



Com informações de Brazilian Report.

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