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Taxa de desemprego no Brasil cai para 7,5%

A taxa de desemprego brasileira permaneceu estável no trimestre móvel até abril, em 7,5% – ligeiramente inferior aos 7,6% medidos no trimestre móvel anterior.

Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas por amostragem domiciliar do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, diz que os números de abril mostram “uma estabilização do desemprego”, impulsionada principalmente pela redução da perda de empregos no setor varejista e pelo maior número de pessoas empregadas na educação pública. É a taxa de desemprego mais baixa registada num trimestre terminado em abril desde 2014.

A população desempregada, ou seja, aquela que não trabalhava e procurava emprego, era de 8,2 milhões em abril. Por outro lado, o número de trabalhadores atingiu um novo recorde histórico de 100,8 milhões.

O número de trabalhadores com empregos formais e informais atingiu níveis recordes de 38,2 milhões e 13,5 milhões de pessoas, respectivamente. O setor privado foi o que mais contribuiu para o crescimento da população ocupada no país, com um crescimento de 4 por cento em relação a 2023. Isto é importante porque os empregos formais proporcionam maior estabilidade e melhores condições para o crescimento da renda.

Como já explicamos, a criação consistente de vagas formais ocorrida desde 2022, na esteira da recuperação pós-pandemia, surpreendeu os economistas. Mês após mês, os dados oficiais têm sido melhores do que as projeções do mercado. O consenso do LSEG para Abril, por exemplo, apontou para uma taxa de desemprego de 7,7 por cento.

Ainda não está confirmado, mas os economistas estão considerando que a taxa natural de emprego do Brasil pode ter mudado estruturalmente, após os efeitos retardados da reforma trabalhista implementada em 2017 e a influência direta do principal programa de transferência de renda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Bolsa Família. o programa pode contribuir para o declínio da taxa de participação na força de trabalho, afectando a taxa de desemprego.

Para o mesmo número de pessoas empregadas, uma taxa de participação em declínio reduz “artificialmente” a taxa de desemprego, levando as pessoas a acreditar que o mercado de trabalho é melhor do que é.

O rendimento médio mensal da população ocupada (formal e informal) continuou a crescer, atingindo 3.151 reais (611 dólares) em abril, um aumento de 4,7% no ano.

Como resultado, a massa de rendimentos – a soma dos rendimentos de todos os trabalhadores do país – atingiu 313,1 mil milhões de reais, outro recorde, um aumento de 7,9% em relação ao ano anterior. “Este aumento dos salários tem sido fundamental para manter a expansão do consumo familiar”, escreveu num relatório a empresa de investimentos Suno Research.

O Ministério do Trabalho também acaba de divulgar os dados de abril para o mercado formal. Assim como já ocorreu em março, houve uma recuperação nas contratações no varejo, que criou mais de 27 mil vagas em abril.

Somado aos novos empregos gerados pelo setor de serviços (138.309) e pela construção civil (31.893), esse resultado aponta para uma melhora no nível de consumo da população, motor essencial da economia brasileira. Nos primeiros quatro meses de 2024, o país criou 958.425 empregos formais, um aumento de 33,4% em relação ao ano anterior.



Com informações de Brazilian Report.

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