O bicentenário das relações Brasil-EUA
“Se o Brasil quisesse ser verdadeiramente livre”, escreveu José Silvestre Rebello nos anos após a independência da maior nação da América Latina, “teria muito que aprender com os Estados Unidos”. Nascido em Portugal, o Sr. Rebello veio para o Brasil ainda jovem, tornando-se um empresário e burocrata de sucesso. Depois de abraçar a causa da independência, ajudou a negociar o reconhecimento dos EUA para o novo Império Brasileiro.
De 1824 a 1829, seria o primeiro representante oficial do Brasil em Washington. Rebello notou suas diferenças com os americanos, mas sentiu uma afinidade permanente com eles. “As celebrações do 4 de Julho ofereceram uma boa oportunidade para expressar a irmandade entre as nossas duas nações, embora eu não pudesse dizer o mesmo das monarquias da Europa, cuja ausência nesses dias prova que não têm esse desejo”, observou.
O relacionamento que Rebello ajudou a estabelecer completa 200 anos em 2024.
Na verdade, este ano é provável que haja muita discussão sobre essa amizade, que tem sido geralmente caracterizada pela cooperação, intercâmbio comercial e cultural e ideais partilhados.
Desde o reconhecimento precoce da independência brasileira até aos esforços conjuntos durante a Segunda Guerra Mundial e à colaboração em desafios globais como as alterações climáticas, as duas nações criaram um vínculo que transcende a diplomacia pró-forma.
É quase certo que o governo brasileiro procurará usar este aniversário como uma plataforma para fortalecer a colaboração em questões globais urgentes, construir pontes de compreensão e intercâmbio cultural e demonstrar o poder da parceria para enfrentar um mundo complexo e multipolar.
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