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Brasil cria o dobro de empregos formais do que há um ano

Dados do Ministério do Trabalho mostram que o Brasil criou 180.395 empregos formais em janeiro, praticamente o dobro do número registrado um ano antes (90.031). Os setores de serviços (80.587 vagas) e industrial (67.029) impulsionaram essas contratações, reforçando a visão de economistas e analistas de que o mercado de trabalho do país pode mostrar mais resiliência do que o esperado.

“Todas as regiões do país estão contratando mais. Além disso, o salário médio dos contratados também subiu, o que significa que não só há mais oportunidades como são melhores”, afirma André Colares, sócio da Smart House Investments. O salário médio de contratação foi de R$ 2.118 (US$ 424,30) em janeiro, um aumento de 3,38% em relação a dezembro.

O mercado de trabalho formal do Brasil representa agora mais da metade dos trabalhadores contratados, uma expansão de 0,39% em relação ao mês anterior. Isto é importante porque os empregos formais geram maior estabilidade e melhores condições para o crescimento da renda.

No entanto, há também um lado negativo nestas estatísticas. Enquanto os membros do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúnem para mais uma reunião, um mercado de trabalho dinâmico também é visto como um sinal de alerta em relação à inflação.

Como o próprio Copom descreveu nas atas das reuniões anteriores, seus membros estão atentos ao chamado hiato do produto bruto – a diferença entre a atividade real do país e seu PIB potencial, ou o espaço que a economia brasileira tem para crescer até atingir sua capacidade máxima e começa a gerar pressão inflacionária.

Variáveis ​​como o ritmo de criação de emprego e a dinâmica do rendimento real são importantes nesta monitorização, uma vez que poderão potencialmente abrandar a convergência da inflação, afetando nomeadamente a inflação nos serviços e nos setores mais intensivos em mão-de-obra. Isso levaria o Copom a reduzir o ritmo dos cortes.

Volnei Eyng, economista e CEO da gestora de recursos Multiplike, acredita que esse dado, aliado à inflação acima do esperado no início deste ano, fará com que o Copom retire sua orientação de novos cortes de meio ponto percentual, adotando “maior cautela na redução das taxas de juros para controlar a inflação.” Mesmo assim, ele espera outra redução dessa magnitude amanhã, quando a Selic provavelmente será reduzida para 10,75%.



Com informações de Brazilian Report.

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