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Supremo Tribunal Federal ordena investigação sobre uso de software espião

A Suprema Corte ordenou que o Congresso apresentasse dentro de dez dias seu plano de voo para regulamentar o uso de software espião por agências governamentais.

A medida ocorre uma semana depois de a Polícia Federal começar a realizar buscas em endereços ligados a atuais e ex-funcionários da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) acusados ​​de acessar ilegalmente dados de geolocalização de pelo menos 1.800 cidadãos brasileiros. Esse monitoramento ilegal foi realizado por meio do FirstMile, um software espião israelense comprado pelo governo federal em 2018.

Um dos filhos do ex-presidente de extrema direita Jair Bolsonaro e um parlamentar em exercício que atuou como principal funcionário da inteligência do Brasil foram alvo da Polícia Federal nos últimos dias. Eles supostamente usaram o software israelense para monitorar supostos inimigos da antiga administração – incluindo jornalistas, ativistas e políticos.

Os investigadores acreditam que Bolsonaro pode ter criado um serviço de inteligência “paralelo” e ilegal em seu nome, que operava fora das barreiras judiciais. Além da agência de inteligência do país, o Exército também adquiriu softwares desse tipo.

A investigação foi conduzida pelo juiz do Supremo Tribunal Alexandre de Moraes, que nos últimos anos tem sido um pára-raios de vitríolo de extrema direita – principalmente devido à sua abordagem dura no combate à desinformação, embora alguns especialistas temam que a sua abordagem possa ser de facto demasiado difícil.

“Acompanhando os mais recentes avanços tecnológicos, tem-se assistido a uma proliferação global de ferramentas de intrusão virtual, utilizadas no âmbito dos serviços de inteligência e dos órgãos de repressão do Estado, para vigilância remota, secreta e invasiva de dispositivos móveis de comunicação digital, sob o pretexto de combater terrorismo e crime organizado”, escreveu a Procuradora-Geral Adjunta Elizeta Ramos numa petição, solicitando uma investigação do Supremo Tribunal sobre o escândalo.

A petição pede ao Supremo que ordene “às Forças Armadas, aos agentes de inteligência pública e aos órgãos de aplicação da lei que se abstenham de utilizar qualquer das ferramentas de invasão tecnológica e monitoramento a que se referem esta ação direta, sem autorização judicial”.



Com informações de Brazilian Report.

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