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Suposto mentor do assassinato de Marielle enfrentará comitê de ética

A Comissão de Ética da Câmara aprovou nesta quarta-feira por 16 votos a 1 uma moção preliminar para avançar no impeachment do deputado Chiquinho Brazão, acusado do assassinato da vereadora Marielle Franco, em 2018.

A votação abre caminho para um novo relatório sobre se ele deve ser destituído do cargo, a ser votado nas próximas semanas ou meses.

Brazão, seu irmão mais novo, Domingos Brazão, e o ex-chefe da Polícia do Estado do Rio, Rivaldo Barbosa, foram presos em 24 de março por obstrução da justiça no caso, um acontecimento que ganhou grandes manchetes no Brasil. O partido União Brasil rapidamente expulsou Brazão de suas fileiras. Em 10 de abril, a Câmara manteve a decisão do Supremo Tribunal que ordenava sua prisão preventiva.

Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes foram mortos a tiros na noite de 14 de março de 2018. Um ano depois, dois ex-policiais foram presos sob suspeita de terem cometido o duplo homicídio. Em 2023, Élcio Queiroz confessou ter participado do golpe como motorista da fuga e, no início deste ano, o atirador Ronnie Lessa fechou acordo de delação premiada confessando ser o atirador.

O relatório final da Polícia Federal sobre o caso concluiu que os irmãos Brazão foram os mandantes do crime devido ao seu envolvimento com as chamadas “milícias”, as máfias da polícia paramilitar urbana que controlam vastos territórios no estado do Rio de Janeiro.

O pedido de impeachment de Brazão foi apresentado no dia 27 de março, dias após sua prisão, pelo Partido Socialismo e Liberdade (Psol), o mesmo da falecida Franco. A Sra. Rocha, membro do Partido dos Trabalhadores, foi escolhida como relatora depois que vários outros parlamentares recusaram o cargo, que é responsável pela versão final e pela decisão a ser submetida a votação.

O Psol argumentou que Brazão deveria sofrer impeachment porque os federais o identificaram como o mentor de “um crime bárbaro” e que sua presença como parlamentar é uma “vergonha” para a Câmara.

O deputado Gutemberg Reis, do Rio de Janeiro, foi o único a votar hoje contra a moção preliminar para dar luz verde ao impeachment do Sr. Brazão.



Com informações de Brazilian Report.

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