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Senado investigará Braskem à medida que desastre em minas se aproxima

Na terça-feira, senadores realizarão a primeira reunião de uma comissão especial para investigar a Braskem, maior petroquímica da América Latina, cujas práticas abusivas de mineração de sal levaram ao maior desastre ambiental urbano do Brasil, causando a condenação de mais de 14 mil propriedades em cinco bairros da cidade de Maceió.

A moção de criação da comissão foi de autoria do senador Renan Calheiros, que representa o estado de Alagoas, do qual Maceió é capital. Em um declaração de vídeo, Calheiros agradeceu o apoio dos colegas senadores e disse que a primeira reunião será realizada na tarde de terça-feira.

Ele acrescentou que o comitê iria “determinar a responsabilidade legal e garantir uma compensação justa” e “ajudar a garantir que crimes ambientais como o de Maceió não se repitam”.

Cerca de 55 mil pessoas foram forçadas a abandonar as suas casas e empresas desde que surgiram as primeiras fissuras em 2018. Os bairros tornaram-se cidades fantasmas. Em 2019, um estudo do Serviço Geológico Brasileiro confirmou que as práticas abusivas de mineração de sal eram a principal causa da instabilidade do solo na região.

Em outubro deste ano, um tribunal local determinou que a Braskem pagasse uma compensação financeira ao estado de Alagoas, mas a empresa ainda pode recorrer.

O acionista controlador da Braskem é a Novonor, grupo de infraestrutura anteriormente conhecido como Odebrecht. Outrora a maior do gênero na América Latina, a Odebrecht esteve no centro do maior escândalo de corrupção da história do Brasil, descoberto pela operação Lava Jato, uma força-tarefa anticorrupção que durou anos.

Em 2016, a Braskem e a Odebrecht confessaram-se culpadas perante o Departamento de Justiça dos EUA e concordaram em pagar pelo menos 3,5 mil milhões de dólares para “resolver o maior caso de suborno estrangeiro da história”.



Com informações de Brazilian Report.

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