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Promotores querem que Bolsonaro seja investigado por doações

O Ministério Público Federal pediu na quarta-feira à Polícia Federal que investigue R$ 17 milhões (US$ 3,3 milhões) em doações recebidas pelo ex-presidente de extrema direita Jair Bolsonaro este ano. A petição foi encaminhada ao Supremo Tribunal Federal, que decidirá se ordena ou não a entrada dos federais no caso.

Em junho, os aliados de Bolsonaro travaram uma campanha nas redes sociais para arrecadar fundos para que Bolsonaro pagasse multas impostas por tribunais e outras autoridades. Por exemplo, ele foi multado diversas vezes pelo governo do estado de São Paulo por formar aglomerações e não usar máscara em 2021, no auge da pandemia de Covid. O Tribunal Superior Eleitoral também multou Bolsonaro e sua campanha por impulsionar anúncios negativos contra seu rival Luiz Inácio Lula da Silva em 2022.

Parlamentares de esquerda, incluindo o chefe do governo Lula no Congresso, o senador Randolfe Rodrigues, foram os que solicitaram a investigação. Como membros do comitê seleto dos motins de 8 de janeiro, eles tiveram acesso a um documento apresentado pela agência de combate à lavagem de dinheiro Coaf, que supostamente mostra “transações atípicas” na conta bancária pessoal de Bolsonaro e um influxo total de mais de R$ 17 milhões no primeiro semestre deste ano.

Segundo os parlamentares, as doações foram “fundamentais para financiar manifestações golpistas”. No entanto, a última manifestação relevante ocorreu em 8 de janeiro, meses antes do início da campanha de arrecadação de fundos.

Mesmo assim, o promotor Carlos Frederico Santos pediu à Polícia Federal que investigasse se as doações de 2023 estão relacionadas ao caso em andamento das “milícias digitais”, inclusive se os doadores recentes já são investigados.

O caso das “milícias digitais” começou em 2021 para investigar uma organização criminosa que divulgava conteúdo golpista nas redes sociais. Os episódios atualmente incluídos nessa investigação incluem o caso das joias sauditas e a falsificação de registros de vacinação.



Com informações de Brazilian Report.

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