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Produtividade prejudica crescimento do emprego na América Latina, diz OIT

Prevê-se que o desemprego global aumente ligeiramente em 2024, de acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT). A agência das Nações Unidas publicou na quarta-feira um relatório sobre as tendências para o próximo ano.

No contexto de abrandamento do crescimento económico pós-pandemia, o número de desempregados aumentará em 2 milhões, elevando a taxa de desemprego global de 5,1 por cento em 2023 para 5,2 por cento, afirma o documento.

A taxa de desemprego da América Latina deverá permanecer em torno de 6% em 2024 e 2025. Em 2023, a sub-região registou uma taxa de desemprego de 6,2% – 1,8 pontos percentuais acima do nível pré-pandemia de 2019. Mas a desaceleração da economia da região é provável. para evitar novos ganhos nos próximos anos.

A taxa de participação na força de trabalho (a percentagem da população que trabalha ou procura ativamente trabalho) foi de 62,6 por cento em 2023, ligeiramente abaixo dos 63,5 por cento em 2019. No entanto, a ainda enorme disparidade de género — que se agravou durante a crise sanitária – estreitou. No ano passado, a taxa de participação das mulheres na força de trabalho foi de 51,1 por cento, em comparação com 74,6 por cento dos homens.

A taxa de desemprego juvenil na sub-região estava em linha com a média global de 13,3 por cento e é provável que continue a ser motivo de preocupação. Espera-se que aumente marginalmente até 2025.

Um dos factores que explicam estas dificuldades é o problema de longa data do baixo crescimento da produtividade nos mercados latino-americanos. Noutros relatórios, a OIT atribuiu isto à persistência do sector informal, particularmente nos serviços e nas zonas rurais, entre outros factores.

“Isto é agravado pelo domínio das micro e pequenas empresas, que normalmente apresentam um crescimento de produtividade mais baixo (as economias de alta produtividade normalmente têm percentagens mais elevadas de grandes e médias empresas)”, lê-se no relatório de 2024.

Problemas relacionados com questões estruturais como a qualidade dos sistemas de educação e formação, os regimes regulamentares, o investimento em infra-estruturas e os sistemas fiscais também ajudam a explicar as quebras de produtividade, diz o documento. O Brasil aprovou recentemente uma grande reforma tributária buscando simplificar o sistema, assim como O Relatório Brasileiro mostrou.

Na verdade, os brasileiros apresentaram um crescimento médio anual da produtividade de 0,1 por cento entre 2015 e 2023. Esse desempenho foi melhor do que o da sub-região da América Latina como um todo (-0,5), mas muito inferior ao da sub-região canadense (+0,4) e Vizinhos americanos (+1,0) na América do Norte.



Com informações de Brazilian Report.

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