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Mudanças climáticas provocadas pelo homem são as culpadas pelas enchentes no Brasil

De acordo com um artigo publicado recentemente pelo ClimaMeter, um grupo de pesquisadores do Laboratório de Ciências do Clima e Meio Ambiente (LSCE), com sede na França, as inundações no estado mais ao sul do Brasil, o Rio Grande do Sul, podem ser atribuídas principalmente ao clima causado pelo homem. mudar.

“As mudanças de precipitação mostram um aumento significativo da precipitação no estado do Rio Grande do Sul com Porto Alegre [the state’s capital] área experimentando (3-6 mm/dia) até 15% mais precipitação no presente do que no passado”, escreveram os pesquisadores.

Além disso, “as mudanças nas áreas urbanas revelam que Porto Alegre, Caxias do Sul e São Leopoldo são até 6 mm/dia ​​mais úmidas (até 15% mais precipitação) no presente em comparação com o passado”.

Os pesquisadores não observaram nenhuma mudança significativa nos impactos do atual episódio do El Niño no presente em comparação com o passado. “Isto sugere que as mudanças que vemos no evento em comparação com o passado podem ser devidas a alterações climáticas provocadas pelo homem, com uma pequena contribuição da variabilidade natural”, concluem.

Os pesquisadores acrescentaram que mudanças nos padrões de chuvas foram observadas em diferentes partes do Brasil ao longo do século passado, gerando impactos na agricultura.

Como O Relatório Brasileiro mostraram em janeiro que chuvas abaixo da média desde 2012 têm prejudicado a economia brasileira, de acordo com um estudo preliminar de Bráulio Borges, economista sênior da consultoria LCA. Seu estudo foi o primeiro a analisar a correlação entre chuvas e PIB no Brasil.

O Brasil tem tido chuvas abaixo da média todos os anos desde 2012, descobriu Borges, com exceção de 2013. Em mais de uma ocasião, os políticos consideraram a possibilidade de racionar água ou eletricidade, principalmente em 2014 e 2021.

A mera possibilidade de racionamento é negativa para a economia, argumenta Borges, porque o governo compra mais energia térmica, que é mais cara (e também mais poluente), para conservar água, e as empresas adiam ou arquivam planos de investimento.

Menos chuva também prejudica a agricultura, uma grande parte do PIB do Brasil. Atualmente, apenas cerca de 5% das terras agrícolas são irrigadas, em comparação com 15% nos EUA

De acordo com os pesquisadores da LSCE, as mudanças na precipitação e nas temperaturas extremas estão impactando a produção agrícola no Brasil, “com o aumento da precipitação média impactando positivamente a agricultura em algumas áreas, mas períodos de seca extremamente longos afetando as economias” no Sudeste do país.

A Prefeitura de Porto Alegre reiterou na tarde desta segunda-feira o pedido para que as pessoas não voltem para casa, já que o nível do rio Guaíba continua aumentando. O nível do rio atingiu 5,19 metros na manhã de terça-feira. O bairro Lami, onde a água tomou conta das casas com ondas fortes, foi evacuado durante a noite.

De acordo com as autoridades estaduais, mais de 2,1 milhões de pessoas foram afetadas pela crise em curso no Rio Grande do Sul até terça-feira. 147 pessoas morreram e outras 125 estão desaparecidas. Mais de 538 mil residentes foram deslocados e 76 mil estão em abrigos.

Pesquisa da Quaest mostra que 99% dos brasileiros acreditam que a catástrofe ambiental que atingiu o Rio Grande do Sul está ligada às mudanças climáticas — repercutindo as opiniões da comunidade científica.

Enquanto 64 por cento das pessoas culpam inteiramente as alterações climáticas pelas cheias e chuvas torrenciais que actualmente castigam o estado mais meridional do Brasil, outros 30 por cento vêem uma causalidade parcial – enquanto 5 por cento vêem pouca ligação entre os dois. Apenas 1 por cento afirma que não existe qualquer ligação entre as inundações e as alterações climáticas.



Com informações de Brazilian Report.

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