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Milhares de unidades de saúde do Rio Grande do Sul atingidas por enchentes

Pesquisadores do Instituto Federal de Pesquisa Fiocruz estimam que as enchentes no Rio Grande do Sul afetaram mais de 3 mil estabelecimentos de saúde, como hospitais, farmácias e clínicas. O relatório chama a atenção para a situação das pessoas que sofrem de doenças crônicas no estado.

“Clínicas e centros de saúde especializados, num total de 548 instalações, poderão enfrentar dificuldades operacionais, essenciais para o tratamento de doenças crónicas e emergências médicas que não estão diretamente relacionadas com a catástrofe”, refere o relatório.

A crise, acrescentaram os investigadores, sublinha a necessidade de uma estratégia de saúde pública robusta para responder às necessidades imediatas durante uma catástrofe e para reforçar a resiliência das infra-estruturas de saúde para futuros eventos semelhantes. “O investimento em melhorias físicas, a formação de pessoal para respostas rápidas e sistemas de comunicação eficientes serão vitais para garantir a integridade da saúde pública”, escreveram.

As inundações também interromperam o fornecimento de água e energia e forçaram o encerramento de escolas. Algumas das escolas estão sendo usadas como abrigos. A contaminação da água, acrescenta o relatório, pode contribuir para “condições pós-desastre”, como doenças. Autoridades de saúde confirmaram recentemente duas mortes por leptospirose no estado após as enchentes, as duas primeiras registradas no estado este ano.

O vice-governador do Rio Grande do Sul, Gabriel Souza, disse na semana passada que o estado está considerando realocar cidades inteiras após as enchentes.

Separadamente, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin, ordenou esta semana que o governador Eduardo Leite apresentasse informações sobre as mudanças em uma lei ambiental promulgada em abril.

O Partido Verde argumentou que a nova legislação poderia autorizar a desflorestação em áreas protegidas e, assim, contribuir para novos desastres climáticos. A decisão do ministro Fachin é prática corrente em ações judiciais de derrubada de legislação.

Segundo autoridades estaduais, mais de 2,3 milhões de pessoas em 467 cidades foram afetadas pela crise em curso no Rio Grande do Sul até a tarde de quarta-feira. 162 pessoas morreram e outras 75 estão desaparecidas. Mais de 581 mil residentes estão deslocados e 68 mil estão em abrigos.



Com informações de Brazilian Report.

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