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Milei, da Argentina, não comparece à reunião do Mercosul em Assunção

Líderes e representantes da Argentina, Brasil, Bolívia, Uruguai e Paraguai estão reunidos hoje para a 64ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados em Assunção, Paraguai. O evento acontece em meio a tensões diplomáticas e políticas, ressaltadas pela ausência do Presidente Javier Milei da Argentina, marcando uma ocorrência rara considerando os 33 anos de história do evento.

Em sua primeira viagem oficial ao Brasil neste fim de semana, o Sr. Milei recusou uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, acrescentando, em vez disso, uma breve parada na Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC), de direita, onde se encontrou com o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Na cúpula de hoje, a líder libertária de extrema direita será representada pela ministra das Relações Exteriores, Diana Mondino. Ela deve se encontrar com presidentes de estados-membros do Mercosul para discutir a grave crise econômica da Argentina.

No domingo, ao lado de seus colegas ministros, a Sra. Mondino defendeu “maior flexibilidade econômica” na região, afirmando que o bloco precisa de um “choque de adrenalina” para avançar no comércio regional.

A cúpula também destacará a incorporação da Bolívia ao Mercosul. Após anos de negociações, o Senado boliviano aprovou a inclusão na semana passada, e o presidente Luis Arce a promulgou.

Uma vez que a carta de ratificação seja entregue, a Bolívia se tornará um membro pleno do bloco dentro de 30 dias, tendo quatro anos para cumprir as leis e regulamentos do Mercosul. O bloco agora consistirá de cinco membros: Argentina, Brasil, Bolívia, Paraguai e Uruguai.

A reunião em Assunção segue de perto a tentativa fracassada de golpe militar na Bolívia, que abalou a política local. Quase todos os líderes regionais condenaram a tentativa de golpe e expressaram apoio ao presidente Arce.

No entanto, a resposta da Argentina foi marcadamente diferente. O governo Milei rejeitou o golpe como uma alegação “falsa” e “fraudulenta”, sugerindo — sem evidências — que o Sr. Arce encenou a crise para seu próprio benefício.

Como O Relatório Brasileiro explicou que os comentários de Buenos Aires causaram uma ruptura diplomática entre as duas nações, levando ambos os países a convocar seus embaixadores para explicações.

Após a cúpula do Mercosul, o presidente brasileiro, Lula, viajará para a Bolívia para conversas bilaterais com o Sr. Arce em Santa Cruz de La Sierra, onde a crise recente será um tópico importante.

De acordo com a agenda oficial de Lula, não há planos para um encontro com o ex-presidente boliviano Evo Morales, apesar de seu relacionamento próximo com Lula. O Sr. Morales se tornou um rival político do Sr. Arce e recentemente o acusou de mentir sobre a tentativa de golpe.



Com informações de Brazilian Report.

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