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Medo de incêndio no Pantanal e incerteza enquanto escola evacua crianças

“Quando os incêndios se aproximam, a fumaça deixa de ser branca. Fica marrom, fica quente, o ar seca e fica difícil respirar.”

Tatiane Zabala é professora e coordenadora educacional da Escola Jatobazinho, uma pequena escola de pré-escola e ensino fundamental com pouco mais de 50 alunos localizada às margens do rio Paraguai, no centro-oeste do estado de Mato Grosso do Sul, perto da fronteira com a Bolívia.

A Escola Jatobazinho está situada no extremo oeste do Pantanal tropical, o maior e mais biodiverso bioma desse tipo no mundo. E o Pantanal, como O Relatório Brasileiro cobriu extensivamente, está pegando fogo.

No dia 7 de junho, a Sra. Zabala conta O Relatório Brasileiroa Escola Jatobazinho teve que evacuar seus alunos antes da última semana do semestre, à medida que as chamas se aproximavam cada vez mais.

No primeiro semestre deste ano já foram registrados 2.333 alertas de incêndio no Pantanal, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Isto representa 1.628% a mais do que nos primeiros seis meses de 2023. E ainda faltam alguns meses para o pico da temporada de incêndios deste ano.

“Os incêndios começaram rio acima cerca de dez dias antes [the evacuation] e eles estavam cada vez mais próximos”, diz Zabala. No dia 6 de junho, o incêndio já era visível na margem oposta do rio Paraguai, e os bombeiros alertaram que se soprasse vento as chamas poderiam “saltar” para o outro lado da água.

“Estamos em uma região com muito vento aqui”, explica a Sra. Zabala. “Tivemos muita sorte de não ter se espalhado para este lado do rio.”

Naquela noite, as crianças da escola tiveram uma noite de cinema (“para garantir que dormiriam bem”) e foram informadas de que seriam mandadas para casa mais cedo na manhã seguinte.

Mapa: André Chiavassa/TBR

A Escola Jatobazinho fica em uma área remota do Brasil, onde todos os alunos chegam em um barco escolar que viaja ao longo do Rio Paraguai. Algumas crianças percorrem distâncias muito longas para chegar à escola, sendo muitas vezes levadas a cavalo e depois em pequenos barcos até à paragem oficial do barco escolar.

Por conta disso, a Escola Jatobazinho funciona semanalmente…



Com informações de Brazilian Report.

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