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Inflação brasileira de janeiro mais quente que o esperado

Os preços ao consumidor no Brasil subiram 0,42 por cento no mês passado, segundo novos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Nos 12 meses até janeiro, a inflação atingiu 4,51%.

Embora a inflação global esteja em declínio, os números são motivo de preocupação. Por um lado, os resultados de Janeiro ficaram bem acima das expectativas do mercado, que oscilaram em torno de 0,34% da inflação mensal.

Além disso, os custos dos alimentos, que têm um forte impacto sobre os consumidores de baixos rendimentos, aumentaram durante três meses consecutivos.

Os alimentos estão a tornar-se mais caros, uma vez que o calor extremo e as precipitações superiores ao normal prejudicaram a produção agrícola em diversas regiões do país. Os cientistas associaram estas perturbações climáticas ao fenómeno climático El Niño.

Segundo André Almeida, gerente de pesquisas do IBGE, este foi o maior aumento nos preços de alimentos e bebidas no mês de janeiro desde 2016.

A pressão veio dos alimentos consumidos em casa, que subiram 1,81 por cento, impulsionados pelo aumento dos preços de alguns dos produtos mais consumidos pelos brasileiros. No entanto, o custo de comer fora desacelerou em comparação com Dezembro, com os preços a subirem apenas 0,25 por cento.

Por outro lado, os custos de transporte caíram 0,65% no mês passado.

Pela primeira vez em cinco meses, as tarifas aéreas caíram em Janeiro, caindo 15,22 por cento contra um aumento acumulado de 82,03 por cento entre Setembro e Dezembro.

O Banco Central está particularmente preocupado com a inflação nos serviços, especialmente nas atividades intensivas em mão-de-obra. Ontem, o presidente Roberto Campos Neto disse em evento que o Banco Central percebeu uma piora recente no núcleo da inflação – que exclui preços mais voláteis, como alimentos e combustíveis – e que decorre desses serviços intensivos em mão de obra.

Em ata divulgada esta semana, o Conselho de Política Monetária do Banco Central disse acreditar que o dinamismo do mercado de trabalho e a expansão dos rendimentos reais podem levar à inflação no setor de serviços. Esse é o principal factor que poderá dificultar o actual ciclo de flexibilização monetária e futuros cortes de 0,50 pontos percentuais na taxa de juro de referência do país.



Com informações de Brazilian Report.

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