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Fim da série de cortes nas taxas de juros do Brasil no horizonte

Tal como esperado por muitos analistas, o Comité de Política Monetária do Banco Central decidiu hoje reduzir a taxa de juro de referência do país em mais meio ponto percentual, alterando ligeiramente o tom da sua comunicação ao mercado.

Sempre que o comitê toma uma decisão, há pelo menos três aspectos que podem mudar: tendência (mover a taxa básica de juros para cima ou para baixo dependendo da inflação e outros fatores), intensidade (definir o ritmo das mudanças) e orientação futura (sinalizar o que pretende fazer no futuro).

É geralmente neste último caso que as medidas são tomadas primeiro, com um objectivo: influenciar as expectativas do mercado sobre a inflação se a comissão entender que não estão ancoradas – na linguagem económica, isto significa projecções que variam consideravelmente dentro de um período de 18 meses.

“As projeções em torno de 3,5% para todos os horizontes até 2027, segundo o relatório Focus do Banco Central, mostram que há falta de confiança no mercado e que as expectativas precisam ser reancoradas”, Álvaro Frasson, economista e macroestrategista do BTG Pactual, informa O Relatório Brasileiro.

Ele esperava que a comissão fosse direta na sua comunicação, retirando o plural da parte orientadora e não prevendo novos cortes de meio ponto percentual em reuniões futuras. “Era necessário fazer isto face a pelo menos quatro meses de sinais de atividade económica mais forte.” Foi exatamente isso que aconteceu. A comissão afirmou que o cenário base não mudou substancialmente, permitindo-lhe “antecipar uma redução da mesma magnitude na próxima reunião”.

Como destacou Alberto Ramos, economista-chefe do Goldman Sachs para a América Latina, “ajustar as orientações dá ao Banco Central liberdade extra para calibrar o ritmo da flexibilização, dado um cenário de inflação interna ainda complexo e um ambiente externo incerto”.

Nas últimas semanas, vários membros do Comitê de Política Monetária, incluindo o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, falaram de um ritmo desinflacionário mais lento, tanto interna quanto externamente, impulsionado por um mercado de trabalho resiliente no Brasil e nos EUA, entre outros fatores .

Como o próprio comitê descreveu muitas vezes,…



Com informações de Brazilian Report.

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