FBI acusa brasileiro de fraudar investidores nos EUA
As autoridades dos EUA divulgaram uma acusação acusando uma mulher brasileira de se passar falsamente por advogada de imigração e de fraudar os seus clientes em aproximadamente 700.000 dólares.
Segundo a acusação, Patrícia De Oliveira Souza Lélis Bolin, de 29 anos e residente em Arlington, se passou por uma advogada de imigração capaz de ajudar clientes estrangeiros a obter vistos E-2 e EB-5 para os EUA
Patrícia Lélis é uma influenciadora digital, com mais de 463 mil seguidores no Instagram e 236 mil seguidores no X (antigo Twitter). Ela ainda não comentou publicamente a acusação.
O influenciador pertencia ao campo de direita pró-Bolsonaro, mas depois mudou de aliança. Ela também namorou o deputado Eduardo Bolsonaro, terceiro filho mais velho do ex-presidente Jair Bolsonaro. Suas postagens mais recentes nas redes sociais apoiam o governo Luiz Inácio Lula da Silva.
No âmbito do Programa de Investidores Imigrantes EB-5, os investidores (bem como os seus cônjuges e filhos solteiros com menos de 21 anos) são elegíveis para solicitar um Green Card se fizerem o investimento necessário numa empresa comercial nos EUA – normalmente, um mínimo de USD 1 milhão.
De acordo com a acusação, em 2021, a Sra. Lélis enviou um acordo de retenção legal a uma vítima para obter ajuda na obtenção de vistos EB-5 para os pais da vítima.
“A vítima fez dois pagamentos iniciais totalizando mais de US$ 135 mil com base na declaração de Lelis Bolin de que o dinheiro estava sendo destinado a um projeto de desenvolvimento imobiliário no Texas que se qualificava para o programa EB-5. Em vez disso, o dinheiro da vítima teria ido para a conta bancária pessoal de Lelis Bolin”, refere um comunicado do Gabinete do Procurador dos EUA no Distrito Leste da Virgínia.
A declaração incentiva as pessoas com informações sobre o paradeiro da Sra. Lélis a entrar em contato com o escritório de campo do FBI em Washington ou com a linha de denúncias do FBI.
Lélis foi acusada em 2017 de extorsão e de fazer acusações caluniosas depois de acusar um assessor do deputado Marco Feliciano, um líder evangélico de destaque no Congresso, de confinamento ilegal e agressão sexual.
Com informações de Brazilian Report.