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Falácia do zero líquido? ONG brasileira critica palavra da moda climática

Desde o final da década de 2010, as discussões e negociações sobre o clima em todo o mundo atribuíram peso e importância significativos a duas palavras curtas: emissões líquidas zero.

O estado de zero líquido é alcançado quando a quantidade de gases de efeito estufa emitidos é igual à quantidade removida da atmosfera. Se isso parece simples, é porque é – e isso é parte do problema, argumenta Maureen Santos, ecologista e professora da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio).

As actuais negociações e compromissos climáticos em todo o mundo centram-se em grande parte nas metas de longo prazo do Acordo de Paris de 2015, o tratado internacional sobre alterações climáticas assinado na Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP21) desse ano, realizada na capital francesa.

Na situação actual, os objectivos partilhados a longo prazo exigem que os países neutralizem as suas emissões de carbono até 2050 – ou, no caso da China, 2060. Originalmente, atingir esta meta significava reduzir as emissões, por exemplo, abandonando os combustíveis fósseis ou diminuindo níveis de desmatamento.

“No caso do Brasil, existe uma maneira clara de reduzir as emissões através da redução do desmatamento”, explica a Sra. Santos, em entrevista ao O Relatório Brasileiro. “Quando se cortam menos árvores, há dados comprovados de que toneladas de dióxido de carbono deixarão de ser emitidas para a atmosfera.”

Mas para as nações desenvolvidas, explica ela, as coisas aconteceram de forma diferente. “Países com uma base muito mais consolidada em combustíveis fósseis argumentaram que a transição energética seria muito difícil, e foi quando o [Paris Agreement] metas permitiam a remoção de carbono.”

A ideia da remoção de carbono, o caminho para emissões líquidas zero, é muito mais abstrata. Os principais mecanismos de remoção consistem…



Com informações de Brazilian Report.

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