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CEO da Petrobras diz que reajustes nos preços dos combustíveis são uma possibilidade

Jean Paul Prates, presidente-executivo da gigante petrolífera estatal brasileira Petrobras, emitiu na terça-feira uma declaração sobre as recentes flutuações nos preços do petróleo após os ataques de sábado do Hamas contra Israel.

Sr. Prates enfatizou que a Petrobras está monitorando de perto a situação e tomando as medidas necessárias para administrá-la sem incorrer em perdas. Ele também indicou a disposição de fazer ajustes, se considerado necessário.

“Em tempos de conflito, podemos esperar aumento da volatilidade, com variações de preços altamente especulativas. Essa situação servirá como um teste à eficácia da nossa atual política de preços”, disse Prates em evento no Rio de Janeiro.

Afirmou ainda que a política de preços da empresa tem capacidade para mitigar parcialmente o impacto do conflito em curso.

Entre 2016 e maio deste ano, a Petrobras atrelou os preços dos combustíveis nas refinarias às oscilações internacionais. A paridade internacional de importação foi substituída por uma “estratégia comercial” que prioriza o “custo alternativo do cliente” e o “valor marginal” da empresa em cada negociação.

Longe de ser uma fórmula precisa, o que os analistas leram nas entrelinhas destas explicações foi que a empresa que controla 84% da capacidade de refinação do país está disposta a afogar a sua já feroz concorrência e a sacrificar margens regionais e de curto prazo para conquistar novos clientes, e crescer no longo prazo.

Como mostramos meses atrás, a nova política de preços faz parte de um plano mais amplo do governo Luiz Inácio Lula da Silva para mudar o plano estratégico da empresa e impedir seu desinvestimento em refinarias. O governo Lula tenta recuperar o monopólio da empresa pelas vias do mercado.

Em relação aos atuais choques do petróleo, Prates ressaltou que a Petrobras já está tomando medidas apropriadas, principalmente no monitoramento dos preços do diesel e na adaptação de suas estratégias em conformidade. Ele garantiu que, caso sejam necessários ajustes, a empresa está preparada para realizá-los prontamente.

Os preços do petróleo dispararam na segunda-feira, mas o economista-chefe do FMI, Pierre-Olivier Gourinchas, disse que é demasiado cedo para avaliar se este salto será sustentado.

Em agosto, a Petrobras fez seu primeiro aumento de preços após alterar sua política de paridade de preços. O aumento já era esperado, uma vez que os preços da gasolina e do diesel estavam há meses abaixo da paridade internacional. Segundo relatório da XP Research da época, o preço médio da gasolina vendida nas refinarias da empresa ficou 45% (ou R$ 1,15) abaixo dos benchmarks internacionais, enquanto os preços do diesel ficaram 31% (R$ 0,95) abaixo dos referenciais internacionais.

A Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis afirma que os preços médios do diesel e da gasolina permanecem abaixo dos níveis internacionais – em 7 e 1 por cento, respectivamente.



Com informações de Brazilian Report.

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