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Brasil teve número recorde de desastres naturais em 2023

O Brasil teve um recorde de 1.161 riscos geológicos e geohidrológicos em 2023, segundo dados compilados pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alerta Precoce de Desastres Naturais (Cemaden), órgão federal. Os números incluem eventos como deslizamentos de terra e transbordamentos de rios de magnitudes variadas.

A diretora do Cemaden, Regina Alvalá, disse em comunicado na semana passada que 2023 foi “peculiar em termos de clima”, devido à rápida transição do La Niña para o episódio contínuo do El Niño, causando mudanças nos padrões de chuva.

“Os índices pluviométricos registrados em 2023 foram bem maiores no Sul [of Brazil] e menor no Norte e Nordeste”, disse Alvalá.

“As alterações climáticas também contribuíram para todo este processo. Um oceano mais quente significa mais vapor d’água na atmosfera, causando chuvas intensas e concentradas”, acrescenta.

2023 foi o ano mais quente já registrado, tanto no mundo quanto no Brasil.

Dados coletados pelo Ministério da Integração Regional mostram que 132 pessoas morreram em consequência de desastres relacionados às chuvas em 2023 e mais de 520 mil pessoas ficaram deslocadas, principalmente no Sul do Brasil, bem como em partes dos estados do Amazonas, Pará, e Maranhão. Um deslizamento de terra na cidade de São Sebastião, no estado de São Paulo, em fevereiro de 2023, matou 64 pessoas.

Os dados também indicam perdas de mais de R$ 5 bilhões (US$ 1 bilhão) em danos materiais a obras de infraestrutura, equipamentos públicos e unidades habitacionais, e um total de R$ 25 bilhões em perdas quando considerada a propriedade privada.

Desde 2019, mais de 60% das cidades brasileiras enfrentaram algum tipo de emergência causada por eventos climáticos extremos, segundo dados compilados pelo think tank Instituto Talanoa a pedido do O Relatório Brasileiro.



Com informações de Brazilian Report.

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