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Brasil planeja ingressar na cadeia global de semicondutores… mais ou menos

A nova política industrial do Brasil, revelada na semana passada, é efectivamente o terceiro movimento prático do governo para integrar o país na cadeia global de produção de semicondutores.

O primeiro foi a extensão, em março de 2023, do programa de incentivos fiscais do setor, PADIS, para 2026. O segundo movimento foi reverter o processo de liquidação da estatal Ceitec, fabricante de chips, em novembro.

A ideia por trás de todos esses movimentos é usar o Ceitec para desenvolver casos de uso específicos e mão de obra qualificada para o Brasil, com foco em áreas-chave como a transição energética. Avaliar a demanda do mercado por algumas das 45 patentes do Ceitec é essencial para melhor direcionar os esforços para reiniciar as operações.

“Para reiniciar a produção do Ceitec após um hiato de três anos, será necessária uma atualização de seu maquinário, o que custaria de US$ 20 a 30 milhões nos próximos dois anos, com recursos já aprovados pelo Ministério de Ciência e Tecnologia em 2023, também para reconstruir o quadro de funcionários da empresa”, diz Henrique de Oliveira Miguel, secretário de transformação digital do ministério. O Relatório Brasileiro.

O recrutamento de trabalhadores qualificados tornou-se recentemente mais difícil, à medida que dezenas de ex-funcionários estão processando a Ceitec. Eles argumentam que se o processo de liquidação for cancelado, o mesmo acontecerá com suas demissões. Dos 179 funcionários que a empresa tinha antes da liquidação, 103 foram demitidos.

“Um juiz decidiu recentemente que a empresa deve reintegrar alguns deles, o que pode até ser útil. Em qualquer caso, demoraria demasiado tempo a reconstruir a força de trabalho com funcionários públicos através de processos de selecção competitivos. Estamos pensando em contratar pessoas temporariamente e terceirizar algumas de nossas necessidades. Precisamos de pelo menos 60 trabalhadores porque queremos que o Ceitec esteja operacional até o final deste ano”, afirma o atual diretor da estatal, Augusto Gadelha.

Um mapeamento recente das necessidades da empresa aponta 114 vagas. A maior parte dos funcionários contratados nos últimos anos estava na área operacional — eles tiveram que manter máquinas, gases e produtos químicos sob controle mesmo quando a Ceitec estava paralisada.

Mas considerando as linhas de financiamento elencadas na nova política industrial e os recursos que o Ceitec necessitará, o investimento federal não ultrapassará R$ 600 milhões (US$ 121 milhões) nos próximos dois a três anos – muito pouco comparado ao que as potências do setor têm feito recentemente. anunciadas, como a Lei de Chips e Ciência de Joe Biden, de US$ 280 bilhões.

Isso é compreensível, pois o Brasil não possui recursos disponíveis nem uma cadeia de fornecimento de semicondutores que justifique um investimento dessa magnitude. “E nenhum governo estrangeiro ou grupo privado vai despejar dinheiro…



Com informações de Brazilian Report.

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