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Vacina brasileira de dose única contra dengue atinge quase 80% de eficácia

Uma vacina contra dengue desenvolvida pelo Instituto Butantan, importante centro de pesquisa de propriedade do governo do estado de São Paulo e maior fabricante de vacinas da América Latina, teve eficácia de 79,6% em ensaios clínicos, de acordo com resultados publicados quinta-feira no The New England Journal. de Medicina.

O Butantan conduziu um ensaio clínico de três anos envolvendo 16.235 pessoas com idades entre 2 e 59 anos, incluindo participantes que receberam a vacina candidata e um placebo. O estudo ainda está em andamento.

A notícia foi bem recebida no Brasil porque a vacina candidata do Butantan, chamada Butantan-DV, é administrada em dose única, ao contrário do Qdenga, imunizante fabricado pela japonesa Takeda que será utilizado em campanha de vacinação a partir da próxima semana. Qdenga usa um regime de duas doses, com intervalo de três meses entre as injeções.

Em nota, o Butantan afirmou que o regime de dose única é vantajoso, “principalmente em tempos de epidemias, porque protege a população em um curto espaço de tempo, ajuda a alcançar maior cobertura vacinal e traz benefícios logísticos e econômicos”.

Embora o Butantan-DV seja tetravalente – o que significa que contém antígenos de quatro cepas do vírus da dengue – o estudo mediu a eficácia contra apenas dois dos quatro sorotipos conhecidos da dengue, já que os sorotipos DENV-3 e DENV-4 não foram detectados durante o seguimento. período de subida. A eficácia foi avaliada com base na dengue sintomática e confirmada virologicamente, ocorrendo mais de 28 dias após a injeção.

Aproximadamente metade dos participantes do estudo não tinha evidência de exposição prévia à dengue, o que, segundo os pesquisadores, permitiu uma “avaliação robusta da eficácia e segurança da vacina nesta população”. A eficácia foi maior (89,2 por cento) nos participantes que tinham histórico de exposição ao vírus.

O Butantan espera concluir a fase final da pesquisa ainda este ano, requisito para o envio do pedido de aprovação à agência reguladora federal de saúde, Anvisa. A vacina poderia potencialmente ser usada em uma campanha em 2025.



Com informações de Brazilian Report.

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