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STF ordena revisão de acordos da Lava Jato

O juiz do Supremo Tribunal, André Mendonça, autorizou na segunda-feira 11 grandes empresas de engenharia a reverem os seus acordos de leniência no âmbito da agora extinta Operação Lava Jato, uma força-tarefa anticorrupção que durou anos e que revelou escândalos que mancharam todos os principais partidos políticos do país.

Coletivamente, os acordos de leniência ascendem a pelo menos 17 mil milhões de reais (3,4 mil milhões de dólares) em compensação, depois de os executivos terem confessado conluio para desviar dinheiro público de contratos com a Petrobras, a enorme empresa estatal brasileira de petróleo e gás. Cerca de R$ 3,2 bilhões foram pagos até setembro do ano passado.

Empresas e órgãos públicos como o Ministério Público Federal tiveram 60 dias para fechar novos acordos.

A lista de empresas inclui a gigante petroquímica Braskem, as gigantes da construção Metha (anteriormente conhecida como OAS) e Novonor (anteriormente conhecida como Odebrecht), Samsung Heavy Industries e J&F Investimentos.

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, já havia suspendido os pagamentos da Novonor e da J&F em decisões separadas. O Procurador-Geral recorreu em ambos os casos.

A decisão do ministro Mendonça é uma reação a uma ação movida por três partidos de esquerda próximos ao governo Luiz Inácio Lula da Silva, que argumentavam que os acordos de leniência da Lava Jato foram assinados antes da entrada em vigor de uma nova regulamentação, em agosto de 2020, quando a União A Controladoria-Geral da República, a Procuradoria-Geral da República, o Tribunal de Contas da União e o Ministério da Justiça assinaram acordo de cooperação técnica.

O controlador-geral Vinícius de Carvalho disse ao Supremo que seu ministério está “aberto” a ouvir os pedidos de renegociação das empresas.

O ministro André Mendonça, ex-pastor presbiteriano, foi indicado para o tribunal pelo ex-presidente de extrema direita Jair Bolsonaro em 2021.

O governo Lula e vários juízes (a maioria nomeados pelo presidente) têm trabalhado para encobrir a história – destruindo todo o legado da Lava Jato e reduzindo-o a um golpe político.

O governo, entretanto, tenta retomar projetos de infraestrutura inacabados que deixaram um extenso rastro de escândalos de corrupção – vários dos quais foram investigados pela própria Lava Jato.



Com informações de Brazilian Report.

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