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Programa de renegociação da dívida de Lula é aprovado no Congresso

O plenário do Senado aprovou na segunda-feira um programa do governo federal para ajudar as famílias a renegociar suas dívidas. Como costuma acontecer com questões consensuais, os senadores não realizaram votação nominal.

Uma promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Desenrola O programa foi promulgado por meio de um decreto provisório no início de junho e deveria expirar se não fosse aprovado pelo Congresso até terça-feira. A Câmara aprovou o plano de renegociação da dívida no início de setembro, e agora pode ser sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A aprovação pelo Congresso permitirá que o programa continue em operação.

O senador Jaques Wagner, chefe do governo no Senado, disse ao plenário do Senado que a oposição estabeleceu “uma lógica irracional” na votação das medidas provisórias, criando uma “restrição” para que os senadores as votem no último minuto após serem aprovadas no Casa, com pouco tempo para análise ou modificação.

“A medida provisória expira amanhã [October 3]; sem a sessão de hoje, o que foi feito estaria perdido”, queixou-se o Sr. Wagner.

Como condição para aderir ao programa, os bancos devem retirar da sua lista de devedores clientes com dívidas de até R$ 100 (US$ 19). As dívidas não são perdoadas, mas estes clientes conseguem uma “ficha limpa” para obter mais crédito. O Ministério da Fazenda estima que existam cerca de 1,5 milhão de pessoas nesta situação no Brasil e que no geral o programa possa beneficiar até 32 milhões de brasileiros, incluindo os maiores devedores.

A procura de crédito por parte dos consumidores caiu 10,9% em Julho, em comparação com o ano anterior. Os resultados dão continuidade a uma tendência negativa que começou em maio de 2022 – desencadeada por taxas de juro elevadas e taxas de incumprimento crescentes. Dados da agência de proteção ao crédito Serasa Experian mostram que quase 44% dos adultos brasileiros estão inadimplentes.

O Deputado Federal Alencar Santana incorporou o Desenrola programa em seu relatório para um projeto de lei separado que estabelece restrições às taxas de juros do cartão de crédito, colocando efetivamente ambas as iniciativas no mesmo pacote.

Na semana passada, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que os brasileiros renegociaram R$ 126 bilhões (US$ 25 bilhões) em dívidas por meio de Desenrola.

A agenda econômica do governo Lula é obcecada pelo crédito. O governo pressionou publicamente o Banco Central para reduzir as taxas de juros em diversas ocasiões. O Chefe da Casa Civil, Rui Costa, chegou a dizer em Abril que o Brasil poderia aumentar o seu investimento em saneamento se as taxas de juro fossem mais baixas.

Ao ajudar as famílias de baixos rendimentos a sair das dívidas, o governo Lula espera estimular o consumo e manter o bom desempenho da economia.



Com informações de Brazilian Report.

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