Partes de São Paulo ainda estão às escuras, quase 24 horas após as chuvas
Fortes chuvas atingiram São Paulo na segunda-feira, causando cortes de energia que afetaram partes da cidade mais rica e populosa do Brasil por quase 24 horas.
Ventos de até 76 quilômetros por hora arrancaram cerca de 200 árvores do solo e derrubaram linhas de energia em toda a cidade.
Para os moradores de São Paulo, os cortes de energia são uma amarga lembrança de um grande apagão que atingiu a cidade há apenas dois meses. Depois de uma forte tempestade, 24% das casas de São Paulo ficaram sem energia – em algumas áreas durante quase uma semana.
Na esteira desse episódio, os legisladores estaduais de São Paulo criaram um comitê seleto para investigar a Enel, a multinacional italiana de energia que fornece eletricidade à cidade desde 2018. (A Enel também atua nos estados do Rio de Janeiro e do Ceará , com cerca de 15 milhões de clientes no país.)
Esta nova interrupção é mais um lembrete de quão mal preparado o maior e mais desenvolvido centro urbano do Brasil está para lidar com eventos climáticos extremos.
Muitos dizem que os danos seriam mitigados se a rede de cabos elétricos do Brasil fosse completamente subterrânea. Mas os especialistas dizem que isso seria muito caro e significaria contas de electricidade mais elevadas para os consumidores – algo que os políticos estão sempre relutantes em fazer (especialmente antes das eleições municipais, que terão lugar em Outubro).
O número médio de interrupções de energia elétrica no Brasil diminuiu constantemente na última década. Em 2022, os consumidores sofreram uma média de 5,39 cortes de energia. A duração média das interrupções também está diminuindo.
Em São Paulo, porém, a tendência é mista. O número de famílias que sofreram interrupções caiu 11% desde que a Enel assumiu, mas os problemas de abastecimento levam em média 12,5 horas para serem resolvidos – mais que o dobro do tempo que levava antes de 2018.
