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O Brasil poderia descartar uma ferramenta poderosa para combater a corrupção

Os legisladores da Câmara dos Deputados do Brasil aprovaram na quarta-feira um par de projetos de lei que alteram as regras para acordos de delação premiada, acordos em casos criminais pelos quais os réus admitem sua culpa, mas oferecem informações ou testemunhos sobre outras atividades criminosas em troca de penas reduzidas ou outras benefícios legais. Observadores e promotores acreditam que, se aprovadas, as mudanças propostas enfraquecerão a capacidade do Brasil de combater a corrupção e o crime organizado.

Ambos os projetos de lei exigem a proibição de acordos de confissão de culpa quando os réus em questão ainda estiverem na prisão, o que tem sido frequentemente o caso nas principais investigações de corrupção que o Brasil tem visto nos últimos anos.

Entre os exemplos mais notáveis ​​estão a Operação Lava Jato, uma força-tarefa anticorrupção que durou anos e que revelou escândalos que mancharam todos os principais partidos políticos do país, e com o tenente-coronel Mauro Cid, ajudante de campo do ex-presidente Jair Bolsonaro , que implicou seu ex-chefe em vários casos criminais – incluindo uma conspiração para dar um golpe, um esquema para contrabandear joias e falsificar registros de vacinação.

Um dos projetos em questão foi de autoria em 2016, no auge da Operação Lava Jato, do ex-deputado Wadih Damous, membro do Partido dos Trabalhadores que hoje trabalha no Ministério da Justiça. O próprio Damous questionou a súbita urgência de acelerar a sua proposta.

“Eu realmente gostaria de perguntar [House Speaker Arthur Lira] quais virtudes ele vê hoje neste projeto de lei que não via há quase dez anos”, disse Damous em entrevista à TV. “Qual a urgência de um projeto de lei que está engavetado há quase dez anos?”

Damous apresentou seu projeto de lei semanas antes do então senador Delcídio Amaral, que serviu de chicote para o…



Com informações de Brazilian Report.

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