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Novo ministro da Justiça, Lewandowski, fala da boca para fora ao antecessor

O ex-juiz do Supremo Tribunal Ricardo Lewandowski tomou posse como ministro da Justiça na quinta-feira, prometendo dar “continuidade” ao “excelente trabalho” do ministro cessante Flávio Dino e sua equipe – embora ele tenha decidido substituir a maior parte dos altos funcionários do ministério.

O Relatório Brasileiro confirmou junto à assessoria de imprensa do ministério que Lewandowski manterá Elias Vaz, ex-deputado federal, como subsecretário de assuntos legislativos, mas a maior parte do alto escalão será substituída. Vários deles são membros do Partido Socialista Brasileiro (PSB), de centro-esquerda, que perde espaço no governo Luiz Inácio Lula da Silva.

No ano passado, Vaz assumiu a responsabilidade de uma reunião com a esposa de um importante traficante de drogas que defende os direitos dos presos e de suas famílias.

Um mês depois de deixar o Supremo Tribunal Federal, no início de 2023, Lewandowski foi anunciado como consultor jurídico do Grupo J&F, dono da JBS, o maior frigorífico do mundo. A J&F e seus proprietários, Joesley e Wesley Batista, têm diversos processos no Supremo Tribunal Federal.

Em dezembro, o ministro Dias Toffoli suspendeu uma multa de R$ 10,3 bilhões (US$ 2,1 bilhões) imposta à J&F como parte de um acordo de leniência assinado em 2017. Sua esposa, Roberta Rangel, é advogada do grupo J&F, embora não tenha assinado o acordo. petição analisada por seu marido.

Durante o seu discurso no palácio presidencial, Lewandowski agradeceu ao seu ex-colega pela presença na cerimónia, dizendo-se “muito grato” pela sua presença.

Durante seu mandato na Suprema Corte (2006-2023), o Sr. Lewandowski atuou na magistratura como um fervoroso defensor do Partido dos Trabalhadores.

Ele foi o juiz revisor no longo caso do escândalo do Mensalão, que envolveu um esquema de compra de votos que incentivou membros do Congresso a votarem em legislação patrocinada pelo partido de Lula em troca de estipêndios mensais.

A sua postura branda ajudou os réus a obter sentenças mais curtas e, como resultado, a serem libertados mais cedo. Quando o ex-Chefe da Casa Civil José Dirceu foi preso em 2015 pela força-tarefa anticorrupção da Operação Lava Jato, ele estava em prisão domiciliar depois de cumprir menos de um ano de prisão por sua condenação no Mensalão.

O próprio ministro cessante, Flávio Dino, assumirá assento no Supremo no dia 22 de fevereiro.



Com informações de Brazilian Report.

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