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Nova linha do metrô de São Paulo pode ser adiada por mais três anos

A Linha Uni, empresa responsável pela execução do contrato de concessão da Linha 6 do Metrô de São Paulo e liderada pela espanhola Acciona, disse ao governo do estado que devido a condições geológicas imprevistas, a conclusão do projeto poderá ser adiada por até três anos.

O relatório foi publicado pela primeira vez pelo Data Mercantil, jornal especializado, no início de março.

“As condições do solo encontradas durante as obras na região levaram a empresa do projeto a buscar soluções de engenharia… houve comunicação formal e reconhecimento por parte do governo do estado com acréscimo de 1.096 dias [three years]”, diz o relatório.

A empresa também solicitou ao governo do estado recursos adicionais para reduzir o atraso. O pedido aguarda análise das autoridades estaduais.

Em comunicado à imprensa de 2020, a Acciona estimou que a Linha 6 atenderá 600 mil passageiros diariamente, uma vez concluída. Na altura, a previsão era que a construção demorasse cinco anos, ou até 2025. O adiamento, se não fosse reduzido, passaria essa data para 2028.

O governo do estado disse O Relatório Brasileiro que a Linha 6 “entrará em operação parcial em 2026, entre Brasilândia e Perdizes [stations]” e deve ser totalmente concluído até 2027 – um atraso de dois anos em relação à data original. O comunicado não aborda como calculou esse adiamento.

“Os riscos geotécnicos são objeto de regulamentação no contrato”, acrescentou o governo do estado.

Em 2022, um trecho da via expressa Marginal Tietê — uma das mais movimentadas de São Paulo — desabou próximo às obras da Linha 6.

O caso resumiu as lutas de São Paulo (e do Brasil) para implementar sistemas de trânsito rápido. As tentativas invariavelmente lidaram com atrasos enormes, erros grosseiros e, em alguns casos, acidentes fatais.

O sistema de metrô de São Paulo é o mais antigo do Brasil, tendo entrado em operação em 1974. Ele se expandiu a um ritmo mais lento do que as redes da Cidade do México e de Santiago – áreas metropolitanas da América Latina com muito menos pessoas. São Paulo movimenta diariamente em média 53.600 passageiros por estação, quase o dobro da Cidade do México.

Alguns casos de atrasos são quase cômicos. O estado havia prometido abrir uma linha de trem ligando o centro da cidade ao Aeroporto Internacional de Guarulhos a tempo para a Copa do Mundo de 2014.

Quatro anos depois, foi inaugurado às pressas para ser utilizado politicamente pelo então governador Geraldo Alckmin, candidato à presidência. Os trens, porém, não chegam ao aeroporto, obrigando os passageiros a pegar micro-ônibus para completar o trecho final da viagem.



Com informações de Brazilian Report.

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