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Lula e Putin conversam por telefone

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sublinhou na segunda-feira a sua posição de apoio às negociações sobre a guerra Rússia-Ucrânia envolvendo ambos os lados do conflito durante um telefonema com o presidente russo, Vladimir Putin, de acordo com um comunicado do governo brasileiro.

A posição ecoa uma proposta semelhante de “acordo político” assinada pelo Brasil e pela China no mês passado. Diferentemente das resoluções anteriores das Nações Unidas apoiadas pelo Brasil, a proposta não prevê a retirada das tropas russas do território ucraniano.

Lula teria decidido não participar da próxima Cúpula sobre a Paz na Ucrânia, que será realizada na Suíça neste fim de semana, nos dias 15 e 16 de junho, embora o Brasil ainda envie um representante. A Suíça disse que a Rússia não foi convidada porque não demonstrou interesse em participar.

A Casa Branca confirmou que a vice-presidente Kamala Harris participará da cúpula.

A declaração também sugere que o governo brasileiro ainda está considerando convidar Putin para a cúpula do G20 no Rio de Janeiro no final deste ano, apesar da oposição de outros líderes do G20 e do mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional para o presidente russo por sua suposta responsabilidade pela crimes de guerra de deportação ilegal e transferência de crianças dos territórios ocupados da Ucrânia para a Rússia.

“O presidente Lula também reforçou a necessidade de uma ampla reforma do sistema de governança global, a ser debatida no âmbito do G20”, diz a nota.

O Kremlin disse num comunicado separado que Lula “expressou a sua vontade de contribuir para a identificação de formas de fornecer uma solução pacífica para o conflito na Ucrânia, que está estabelecido na conhecida iniciativa conjunta do Brasil e da China”.

Em março, o presidente francês, Emmanuel Macron, disse durante uma visita ao Brasil que o G20 deve concordar antes de Putin ser convidado. Ele acrescentou que seria “um trabalho para a diplomacia brasileira” chegar a tal consenso.

Como O Relatório Brasileiro mostrou, a posição de Lula sobre a guerra rendeu-lhe elogios públicos da Rússia e críticas da Ucrânia.

O Instituto para o Estudo da Guerra (ISW), um grupo de reflexão, escreveu que as declarações russas que expressam a vontade de negociar são “parte de uma operação de informação em curso que pretende enfraquecer a vontade ocidental de ajudar a Ucrânia”.



Com informações de Brazilian Report.

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