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Fitch mantém rating do Brasil inalterado, com perspectiva estável

A Fitch Ratings reafirmou o rating de inadimplência do emissor de longo prazo em moeda estrangeira do Brasil em BB, ainda em território lixo, com perspectiva estável.

Embora elogie a grande e diversificada economia do país, o elevado rendimento per capita e a grande reserva de caixa, a Fitch destaca múltiplas incertezas relativamente à capacidade do país de colocar as contas públicas no azul.

“A posição fiscal do Brasil está no caminho certo para uma deterioração substancial em 2023, impulsionada por receitas lentas, grandes aumentos de gastos relacionados principalmente à expansão dos benefícios sociais e à liquidação do estoque restante de reembolsos ordenados pelo tribunal [IOU bonds known as precatórios]”, observou Fitch em um comunicado.

Além disso, a Fitch disse que a eficácia do quadro fiscal do Ministério das Finanças ainda está por ser testada. O governo tem uma meta de défice zero para 2024, com uma faixa de tolerância de ±0,25% do PIB.

O Congresso, no entanto, privou o governo de uma importante fonte de receitas ao alargar as isenções fiscais sobre os salários a 17 sectores económicos. Por outro lado, os legisladores alteraram na sexta-feira as regras para incentivos fiscais a nível estadual de uma forma que deverá aumentar a receita fiscal federal.

A Fitch elogiou o governo Luiz Inácio Lula da Silva por adotar uma abordagem pragmática na formulação de políticas, apesar dos apelos de facções dentro do Partido dos Trabalhadores, no poder, por mais gastos públicos. Ainda assim, a agência observa que “mudanças políticas materiais que minam a credibilidade fiscal, a flexibilidade de financiamento e a sustentabilidade da dívida pública a médio prazo” poderão levar a uma futura descida da classificação do Brasil.

Em julho, a Fitch elevou a classificação de crédito do Brasil de BB- para BB. Na altura, afirmou que a medida reflectia “um desempenho macroeconómico e fiscal melhor do que o esperado face aos choques sucessivos nos últimos anos”.

A agência melhorou as suas expectativas para a economia do Brasil – revisando a sua previsão de crescimento do PIB de 2,3% em Julho para 3% agora. A mudança ocorre após três trimestres de resultados melhores que o esperado.

No primeiro trimestre, os resultados espetaculares apresentados pelo agronegócio foram o principal impulsionador do PIB. No 2º e 3º trimestres, os resultados foram em grande parte explicados pelos setores de serviços e indústria.



Com informações de Brazilian Report.

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