Minha Casa Pre Fabricada

Crise da Gol reflete amplas lutas do setor aéreo brasileiro

A Gol, um dos três maiores players do mercado aéreo brasileiro, emitiu um pedido de proteção contra falência nos EUA no final de janeiro. A Latam, que junto com a Azul compõe o restante do grande trio, havia feito o mesmo em 2020.

Mesmo após uma retomada robusta da aviação civil após a pandemia de Covid, a Gol ficou imersa nas dívidas que acumulou durante a crise sanitária e sofria com uma queda significativa no valor de suas ações. A empresa encerrou 2023 com dívidas de R$ 20 bilhões (cerca de US$ 4 bilhões). O patrimônio líquido da empresa caiu mais de R$ 23 bilhões, segundo medições da própria Gol.

A reestruturação da dívida do Capítulo 11 da Latam foi bem-sucedida, e a da Gol também é bastante viável, dizem analistas do setor. Um tribunal de falências de Nova Iorque já autorizou um empréstimo de 950 milhões de dólares na modalidade “devedor em posse”, solicitado como parte da recuperação. Além disso, ordenou que a Latam explicasse o que a Gol chama de táticas predatórias, com alegações de que a empresa tentou roubar ou interferir com arrendadores de aeronaves Boeing 737 que fazem negócios com a Gol.

No entanto, embora as perspectivas não sejam catastróficas, garantir a sustentabilidade de uma companhia aérea é difícil mesmo nas maiores economias do mundo, onde os mercados da aviação também estão concentrados e dependem de subsídios governamentais. Ainda assim, o Brasil acrescenta desafios extras, sem perspectivas de grandes mudanças.

“O setor aéreo vive mais ou menos da mesma forma há muito tempo e os problemas se repetem. A última grande mudança tecnológica, com impactos significativos no custo do setor, foi há 40, 50 anos, com a chegada do avião a jato”, afirma Leandro Novais, em declarações ao O Relatório Brasileiro. É professor de direito econômico da Universidade Federal de Minas Gerais e especialista em regulação do setor aéreo.

O calcanhar de Aquiles do Brasil

As taxas de câmbio têm sido uma das principais dificuldades…



Com informações de Brazilian Report.

Similar Posts