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Brasil sediará negociações entre Guiana e Venezuela

Os presidentes da Guiana e da Venezuela concordaram em não “ameaçar ou usar a força um contra o outro” e em realizar outra reunião no Brasil para discutir a situação em Essequibo, um território guianense rico em petróleo reivindicado pela Venezuela.

A declaração conjunta refere-se a uma “disputa fronteiriça” e a um “território disputado”, mas não menciona Essequibo nominalmente.

Antes da reunião entre os dois presidentes, o governo da Guiana emitiu um comunicado dizendo que Essequibo “não está sujeito a discussão, negociação ou deliberação”.

O presidente da Guiana, Irfaan Ali, e o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, reuniram-se no Aeroporto Internacional Argyle, em São Vicente e Granadinas, que atualmente ocupa a presidência rotativa da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).

A reunião foi proposta pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva do Brasil na semana passada, durante a recente cúpula da aliança comercial do Mercosul.

O anfitrião da reunião, o primeiro-ministro vicentino Ralph Gonsalves, disse que a questão não era “um campeonato de um jogo” e que haveria “novas rodadas” de negociações.

Os presidentes Ali e Maduro apertaram as mãos. Numa breve conferência de imprensa, Ali mostrou uma pulseira com um mapa da Guiana, incluindo Essequibo, e disse: “este é o mapa da Guiana”.

Celso Amorim, principal assessor de política externa de Lula, também participou da reunião. Disse que o resultado mais importante foi “a continuação do diálogo”.

O comunicado assinado pelos dois presidentes afirma que “ambos os estados concordaram em se reunir novamente no Brasil nos próximos três meses, ou em outro horário acordado, para discutir todos os assuntos que tenham impacto no território disputado”.

O governo brasileiro fez mais para evitar a responsabilidade por uma guerra potencial do que para persuadir a Venezuela a não atacar ou a não reivindicar o território do seu vizinho.

Durante uma audiência no Senado esta semana, os recém-confirmados embaixadores do Brasil na Guiana e na Venezuela também permaneceram evasivos sobre as ambições de Maduro.

Em 3 de Dezembro, o governo autoritário da Venezuela realizou um referendo sobre a sua reivindicação de Essequibo, uma região rica em petróleo que representa dois terços do território da vizinha Guiana.

Após os resultados do referendo, Maduro ordenou a exploração “imediata” dos recursos naturais da região e revelou um novo mapa do seu país que incluía Essequibo dentro das suas fronteiras.

Saber mais: Disputa Venezuela-Guiana Essequibo agrava-se após descoberta de petróleo



Com informações de Brazilian Report.

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