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Brasil e China assinam proposta que normaliza tropas russas na Ucrânia

Brasil e China assinaram na quinta-feira uma proposta de “solução política” para a guerra Rússia-Ucrânia. O texto foi publicado pelo site de notícias chinês Xinhua antes de qualquer comentário oficial do governo brasileiro.

Celso Amorim, principal assessor de política externa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, reuniu-se em Pequim com o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, onde “trocaram opiniões sobre a crise na Ucrânia”, segundo a mídia chinesa.

De acordo com a proposta, “China e Brasil apoiam uma conferência internacional de paz realizada em momento oportuno e que seja reconhecida tanto pela Rússia como pela Ucrânia”.

Lula teria decidido não participar da próxima Cúpula sobre a Paz na Ucrânia, que será realizada na Suíça em junho, embora o Brasil ainda participe. A Rússia não foi convidada.

Diferentemente das resoluções anteriores das Nações Unidas apoiadas pelo Brasil, a nova proposta não prevê a retirada das tropas russas do território ucraniano. O texto apela a “nenhuma expansão do campo de batalha, nenhuma escalada de combates e nenhuma provocação por qualquer parte”, normalizando efetivamente a presença de tropas russas na Ucrânia.

Como O Relatório Brasileiro mostrou, a posição de Lula sobre a guerra rendeu-lhe elogios públicos da Rússia e críticas da Ucrânia.

Em Maio de 2023, o Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky disse ter dito ao Sr. Amorim que “o único plano capaz de impedir a agressão russa na Ucrânia é a Fórmula de Paz Ucraniana”. A “fórmula”, um plano de dez pontos, inclui a retirada das tropas russas. Durante uma conferência de imprensa em Bruxelas, Lula escorregou nesta questão, dizendo que “a retirada faz parte do acordo de paz”, mas depois voltou atrás.

O Instituto para o Estudo da Guerra, um grupo de reflexão, escreveu que as declarações russas que expressam a vontade de negociar são “parte de uma operação de informação em curso que pretende enfraquecer a vontade ocidental de ajudar a Ucrânia”.

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil dirigiu O Relatório Brasileiro ao gabinete presidencial para um pedido de comentários. O gabinete presidencial ainda não respondeu.



Com informações de Brazilian Report.

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