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Banco Central do Brasil dobra aposta em desaceleração dos cortes de juros

O Banco Central do Brasil divulgou na terça-feira a ata da sua última reunião de política, após a qual decidiu fazer um corte de apenas 0,25 pontos na taxa de juro de referência do país, que agora se situa em 10,5 por cento.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do banco reforçou a mudança na orientação futura sinalizada pela decisão da semana passada e redobrou sua mensagem de crescente preocupação com a fragilidade fiscal do Brasil e o ambiente global mais adverso para as economias emergentes.

A decisão sobre as taxas da semana passada ocorreu após uma votação de 5 a 4, na qual todos os cinco membros do conselho nomeados pelo ex-presidente de extrema direita Jair Bolsonaro votaram a favor de um corte menor nas taxas, enquanto todos os quatro membros nomeados pelo atual governo Luiz Inácio Lula da Silva queriam continuar os cortes de meio ponto percentual das seis reuniões anteriores do comitê.

A ata menciona “a incerteza elevada e persistente sobre o início do ciclo de flexibilização nos EUA” e seus potenciais efeitos sobre a inflação do Brasil. “Apesar da votação dividida, as atas são claramente agressivas”, escreveu Alberto Ramos, economista-chefe do Goldman Sachs para a América Latina, numa nota aos clientes.

O Copom reiterou sua mensagem sobre como “uma política fiscal confiável e comprometida com a sustentabilidade da dívida” afeta a política monetária, mas deixou mais claro como esse fator pode ser o mais significativo para influenciar a “recente desancoragem das expectativas de inflação”, ainda mais do que o resiliência mais forte do que o esperado da economia brasileira e seus efeitos sobre os preços das atividades intensivas em mão de obra.

Mais importante ainda, as actas retratam a decisão dividida com base em argumentos técnicos, em vez de supostas diferenças ideológicas entre os membros do comité. Os quatro indicados por Lula que pediram o corte de 0,50% focaram no custo de oportunidade de não seguir a orientação…



Com informações de Brazilian Report.

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