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Assassinato de Marielle Franco abriu o ventre criminoso do Rio

Na noite de 14 de março de 2018, quando a vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes foram assassinados, poucos conheciam muitos detalhes sobre o mundo do crime organizado que operava no Rio de Janeiro. A Polícia Civil do estado, acostumada a não resolver assassinatos – o estado resolveu apenas 11% dos casos no ano passado, segundo o Instituto Sou da Paz, uma ONG de segurança pública – viu-se sob pressão da indignação global após o assassinato de Franco. Não teve escolha senão mergulhar e expor o submundo do crime da cidade.

A primeira hipótese para a pergunta que estava na boca de todos, quem matou Marielle Franco, surgiu nos primeiros meses de investigação. Em maio, o policial federal Hélio Khristian encaminhou a polícia de homicídios para uma testemunha que disse saber os nomes do atirador e do mandante dos assassinatos. O ex-policial militar Rodrigo Jorge “Ferreirinha” Ferreira disse que trabalhava como motorista do chefão do crime Orlando Curicica e que levou seu patrão para uma reunião com o vereador Marcello Siciliano, onde os dois teriam planejado o assassinato de Dona Franco.

Ele próprio ex-policial militar, Curicica é o que o Brasil chama de milicianoo chefe de uma das máfias policiais paramilitares (ou milícias) que controlam grandes áreas do estado do Rio de Janeiro. Chamado para depor e responder às alegações de Ferreirinha, o Sr. Curicica, que na época estava detido em uma prisão estadual, negou qualquer envolvimento no assassinato. Ele logo foi transferido para uma prisão federal no Nordeste do Brasil quando perguntou aos promotores se poderia prestar um novo depoimento.

Curicica negou novamente as acusações e disse ter sido pressionado por Giniton Lages, primeiro investigador responsável pelo caso, a confessar o crime. Ao recusar, ele alegou que foi transferido para o presídio do Nordeste como retaliação. Além de acusar Lages, Curicica também acusou policiais do Rio de Janeiro de receberem dinheiro dos principais bandidos que administram a notória e ilegal loteria de animais do estado, conhecida como jogo do bicho. As propinas teriam como objetivo impedir as investigações de assassinatos ordenados por esses bandidos, conhecidos no Brasil como bicheiros.

Esse…



Com informações de Brazilian Report.

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