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Juiz da Suprema Corte diz que a polícia facilitou os tumultos de 8 de janeiro

O Supremo Tribunal está a debater se deve aceitar acusações contra sete polícias de alto escalão de Brasília por facilitarem os motins de 8 de janeiro de 2023, quando milhares de radicais de extrema-direita invadiram e saquearam os edifícios dos três poderes do governo na capital brasileira.

O juiz Alexandre de Moraes, que supervisiona as investigações dos tumultos, deu o primeiro voto – a favor de os agentes serem julgados pela sua alegada responsabilidade na insurreição fracassada. Os policiais estão atualmente na prisão; O ministro Moraes manteve a prisão.

Em 8 de janeiro de 2023, apoiadores de Bolsonaro marcharam em direção a uma barricada policial em frente à Praça dos Três Poderes, em Brasília, onde Lula tomou posse presidencial apenas uma semana antes. Muitos logo forçaram a passagem pela rampa que levava ao saguão do prédio do Congresso.

As autoridades locais planearam lidar com os protestos com uma presença relativamente pequena e minimamente visível. Eles não fizeram nada enquanto a multidão enfurecida marchava 6,5 ​​quilómetros desde o seu ponto de encontro até ao seu destino.

Quando os manifestantes romperam as barricadas, alguns policiais responderam com gás lacrimogêneo, mas foram dominados pela multidão. Outros simplesmente observaram enquanto o incidente se transformava em caos. Alguns até tiraram selfies enquanto edifícios públicos eram vandalizados.

Em seu voto, o ministro Moraes rejeitou a alegação dos réus de que houve um “apagão de inteligência” às vésperas dos tumultos, dizendo que havia “evidências significativas” de que a polícia havia de fato “realizado suas atividades de inteligência corretamente, monitorando os riscos de um ataque no fim de semana de 7 e 8 de janeiro.” O juiz acrescentou que as provas mostram que os arguidos “estavam cientes das circunstâncias factuais” dos riscos de motim.

Um dos réus é o coronel da polícia Fábio Augusto Vieira, que era comandante da polícia de Brasília no dia dos tumultos. O Ministério Público Federal o acusou de omissão, ataque violento ao Estado de Direito, tentativa de golpe de Estado e crimes relacionados com danos ao patrimônio público.

No ano passado, numa audiência na legislatura local de Brasília, Vieira culpou o departamento de segurança pública pela falta de planeamento antes dos tumultos. Mais tarde, depois de os documentos da investigação terem sido tornados públicos, ele decidiu permanecer em silêncio perante a comissão mista do Congresso que investigava os mesmos distúrbios.

A investigação mostrou que os policiais compartilharam postagens pró-golpe em aplicativos de mensagens e questionaram a lisura do processo eleitoral.

Se a maioria dos ministros do painel mantiver seu voto, os réus serão julgados pelo Supremo Tribunal Federal.



Com informações de Brazilian Report.

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