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Bolsonaro supervisionou plano de golpe, dizem federais brasileiros

Desde pelo menos 2020, O Relatório Brasileiro alertou os leitores sobre as ameaças à democracia representadas pelo antigo governo Jair Bolsonaro. Agora, pela primeira vez, a Polícia Federal do país esclareceu o envolvimento direto do ex-presidente na trama de um golpe para derrubar as eleições de 2022 e permanecer no poder.

Bolsonaro e membros-chave de sua extinta administração – incluindo ex-membros do gabinete, oficiais militares de alto escalão ativos e aposentados e o presidente do Partido Liberal de Bolsonaro – engajaram-se em esforços coordenados para preparar o terreno para um golpe à moda antiga que , se fosse bem-sucedido, teria levado à prisão de supostos inimigos políticos e ao controle da política pela força militar.

Desde que deixou o cargo, Bolsonaro se viu envolvido em diversas investigações – que levaram a buscas policiais em sua casa e o ex-presidente foi intimado e interrogado por delegados federais em diversas ocasiões.

Estas investigações vão desde a produção de registos de vacinação falsos e a apropriação indevida de propriedade governamental, até à manutenção de um serviço de inteligência “paralelo” durante o seu mandato presidencial (2019-2022) e ao incitamento a uma insurreição falhada.

Agora, uma ordem judicial revelada na quinta-feira une vários fios de várias iniciativas golpistas que anteriormente haviam sido descobertas aos poucos.

Os federais mapearam os esforços liderados por Bolsonaro para derrubar a democracia após as eleições de 2022, quando perdeu a reeleição para Luiz Inácio Lula da Silva por uma margem mínima.

Os marechais federais invadiram na quinta-feira a sede do Partido Liberal. Foto: Pedro Ladeira/Folhapress

Os investigadores identificaram seis grupos que constituíam a empresa criminosa, inundando o discurso público com falsas alegações para desacreditar o sistema de votação eletrônica do Brasil, recrutando oficiais militares para apoiar um golpe, redigindo argumentos legais que apoiariam suas reivindicações, incitando apoiadores à revolta e espionando juízes. e adversários políticos.

Esta campanha golpista culminou nos tumultos de 8 de janeiro de 2023, quando hordas de apoiantes de Bolsonaro invadiram e saquearam edifícios governamentais – tentando desesperadamente criar as condições para um estado de emergência que eles acreditavam que permitiria aos militares devolver Bolsonaro ao poder.

Ao investigar quem instigou, organizou e financiou os tumultos, a Polícia Federal do Brasil encontrou um rascunho de um decreto golpista na casa de Anderson Torres, que serviu como ministro da Justiça de Bolsonaro.

Embora inconstitucional, o documento foi aparentemente elaborado para dar ao Sr. Bolsonaro o poder de anular as eleições presidenciais de 2022. O ex-presidente negou publicamente qualquer conhecimento do projeto, dizendo no ano passado que os golpes são feitos com “rifles, não com papel”.

As novas descobertas mostram que outra versão desse decreto foi entregue a Bolsonaro por seu ex-assessor internacional, Filipe Martins, e discutida na residência presidencial no final de 2022, após a eleição e antes de Lula assumir…



Com informações de Brazilian Report.

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