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State Grid da China vence maior leilão de linhas de energia brasileiras

A holding brasileira da gigante chinesa State Grid ganhou na sexta-feira o maior lote no maior leilão de linhas de transmissão de energia elétrica de sempre no país.

A empresa investirá R$ 18,1 bilhões (US$ 3,6 bilhões) na construção de 1.513 quilômetros de linhas nos estados do Maranhão, Tocantins e Goiás, além de subestações. Para tanto, aceitou uma receita anual estimada em R$ 1,9 bilhão — desconto de 40% sobre o valor máximo estipulado pela agência reguladora de energia elétrica Aneel. Em um leilão de desconto, ganha a empresa que oferecer o menor faturamento anual.

A State Grid terá seis anos para construir a linha, cujo valor de investimento por si só supera o investimento total estimado de 54 dos 55 leilões realizados pela Aneel nos últimos 26 anos.

O projeto visa aumentar a capacidade de interligação entre as regiões Nordeste e Centro-Oeste para transportar energia excedente do Nordeste do Brasil, inclusive de fontes renováveis ​​como eólica e solar — a licitação exigia alta capacidade de conversão de linhas e subestações para transportar energia de plantas renováveis, algo que a empresa chinesa domina.

Em 2010, a State Grid Corporation of China escolheu o Brasil para seu primeiro grande investimento fora da Ásia, adquirindo seis empresas de transmissão de energia no país. Desde então, construiu ou participou da construção de mais de 16 mil quilômetros de linhas de transmissão em 13 estados, representando um investimento de R$ 28 bilhões. A empresa esteve envolvida na polêmica construção da hidrelétrica de Belo Monte.

Ao lado de outros dois lotes ofertados nesta sexta-feira na B3, o leilão da Aneel prevê R$ 21,7 bilhões em investimentos em linhas de transmissão.

O consórcio Olympus XVI, formado pela Alupar e Mercury Investments, arrematou o lote 2 por cerca de R$ 240 milhões (US$ 48,5 milhões) para construção de linhas de energia entre Silvânia, em Goiás, e Ribeirão Preto, em São Paulo.

A Celeo Redes Brasil venceu disputa com a recentemente privatizada Eletrobras e levou o lote 3 por R$ 101,2 milhões (US$ 20,5 milhões) para conectar estruturas entre Minas Gerais e São Paulo, aumentando a capacidade de exportação de energia de interligação regional no Norte e Nordeste.

Um aspecto importante deste leilão é que os consumidores de energia pagarão pelos investimentos. Além de até seis anos para tirar os projetos do papel, as empresas vencedoras terão concessão de 30 anos para operar as estruturas, sendo pagas por meio de tarifas de energia.



Com informações de Brazilian Report.

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