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Reunião Itaipu Brasil-Paraguai não dá em nada

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu na segunda-feira “reddiscutir” as tarifas o mais “rápido possível” para a eletricidade produzida pela Barragem de Itaipu, o enorme complexo hidroelétrico partilhado pelo Brasil e pelo Paraguai.

Em declarações a repórteres no Itamaraty após reunião com o presidente do Paraguai, Santiago Peña, Lula disse que “agora temos condições de utilizar os recursos de Itaipu para melhorar a qualidade de vida do povo do Paraguai e do Brasil e, ao mesmo tempo, permitir novos investimentos.”

Os dois presidentes se reuniram anteriormente em outubro para iniciar a revisão do chamado Anexo C, parte do acordo bilateral de Itaipu que estabelece suas regras financeiras, como as condições de fornecimento de energia, custo e receita do serviço de energia elétrica.

O Tratado de Itaipu, assinado em 1973, define que Brasil e Paraguai têm direito a uma parcela igual de 50% da energia da barragem. Também força o Paraguai, um país escassamente povoado e com uma procura de energia menor que a do Brasil, a vender a parte não utilizada da sua participação exclusivamente ao Brasil, ao mesmo preço que paga.

Enio Verri, chefe do lado brasileiro de Itaipu, disse aos senadores no ano passado que o Paraguai espera reverter um corte tarifário em 2024 e que “interesses opostos” estavam dificultando as negociações entre os dois lados.

“Nós [Brazilians] queremos uma tarifa muito baixa porque uma tarifa baixa é inclusão social”, disse Verri na época. “O Paraguai quer a tarifa mais alta possível, porque é esse superávit que permite ao Paraguai fazer investimentos em seu país.”

Lula acrescentou hoje que nunca “aceitou a ideia de tratar o Paraguai como uma nação pequena” — uma possível referência a uma declaração do ex-ministro da Economia Paulo Guedes, que em 2022 se referiu com desprezo ao Paraguai como “praticamente um Estado brasileiro”.

Sr. Penã disse que o Brasil é “o maior parceiro do Paraguai” e que eles tiveram uma reunião “importante”. Os presidentes não responderam às perguntas dos repórteres.



Com informações de Brazilian Report.

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