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Mulheres são maioria na seleção brasileira de Paris 2024

O Relatório Brasileiro está lançando um blog ao vivo para acompanhar as Olimpíadas de 2024 em Paris, com foco óbvio no Brasil e outros países latino-americanos. Traremos alguns dos principais resultados de eventos esportivos, além de curiosidades sobre atletas, delegações e o burburinho em torno dos jogos.

Paris 2024 marcará a primeira vez que o Brasil enviará uma delegação majoritariamente feminina. Haverá 153 atletas brasileiras e 120 atletas masculinos nos jogos — com mulheres respondendo por 55% do total. O recorde anterior foi estabelecido em Atenas 2004, quando as mulheres representaram 49% da delegação brasileira.

As mulheres são mais representadas na delegação brasileira do que no cenário geral dos jogos. O Comitê Olímpico Internacional (COI) estabeleceu uma meta de paridade de gênero de 50-50 — embora os números mais recentes sugiram que ela pode ficar aquém da meta. As mulheres foram autorizadas a participar das Olimpíadas pela primeira vez em Paris, em 1900.

De acordo com o COI, 28 dos 32 esportes são “totalmente equitativos em termos de gênero”. Ainda assim, há 157 eventos masculinos — contra 152 eventos femininos e 20 eventos mistos.

Os EUA têm mais atletas olímpicas do que qualquer outro país (338), enquanto Guam e Nicarágua são as delegações com maior número de mulheres (87 e 86 por cento de suas equipes).

Desde a década de 1960, a participação feminina nas equipes olímpicas brasileiras tem crescido constantemente, marcando um progresso significativo nos esportes e na igualdade de gênero. No entanto, as lacunas de gênero ainda persistem.

Segundo um relatório da Unesco, as mulheres têm duas vezes mais probabilidade de abandonar o esporte aos 14 anos do que os homens — devido à imposição de normas sociais, à falta de espaços seguros para as mulheres e à falta de investimento em programas esportivos femininos.

Mas, apesar das desvantagens gritantes, as mulheres conquistaram nove das 21 medalhas do Brasil nos Jogos de Tóquio 2020 (que foram realizados em 2021, devido à pandemia de Covid) — incluindo três das sete medalhas de ouro do Brasil.

Em Paris, as atletas femininas estão entre as maiores esperanças do país por uma medalha de ouro, incluindo a skatista Rayssa Leal (que ganhou prata em Tóquio aos 13 anos), a boxeadora Beatriz Ferreira (prata em Tóquio), a dupla de vôlei de praia Duda e Ana Patrícia, além de várias ex-medalhistas de ouro: a dupla de velejadores Martine Grael e Kahena Kunze, a nadadora maratonista Ana Marcela Cunha e a ginasta Rebeca Andrade.

Algumas peças de legislação tentam diminuir a diferença entre atletas masculinos e femininos. Um projeto de lei parado nas gavetas do Senado proibiria dinheiro público de financiar eventos esportivos que não concedessem prêmios iguais para competições femininas e masculinas.

Em 2023, o Congresso aprovou um projeto de lei garantindo que mulheres grávidas e no pós-parto não perderiam financiamento público ao se afastarem temporariamente de suas atividades esportivas. Até agora, atletas femininas representam 44% dos atletas que recebem auxílio federal.



Com informações de Brazilian Report.

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