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Justiça ordena que Meta retire nome de empresa no Brasil

O tribunal superior do estado de São Paulo decidiu que a Meta, controladora de plataformas como Facebook, Instagram e WhatsApp, não pode mais usar seu nome ou marca no Brasil por motivos de propriedade intelectual.

A Meta teve 30 dias para cumprir a liminar. No entanto, a decisão é apenas temporária e o caso ainda terá de ser julgado em tribunais inferiores. A gigante da tecnologia ainda não comentou a decisão.

A proibição ocorreu depois que outra empresa de tecnologia reivindicou a propriedade do nome. A Meta Serviços em Informática, fundada na década de 1990, obteve a marca registrada do nome “Meta” em 2008 e 2009. Anteriormente conhecida como Facebook Inc., a Meta só anunciou mudança de nome e marca em outubro de 2021, pois apostou em investir em o metaverso.

Os juízes de recurso consideraram que existem “sobreposições entre os serviços prestados” pelas duas empresas, uma vez que o registo concedido pela Meta no Brasil pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) é muito amplo, abrangendo “todos os serviços relacionados com a análise e processamento De dados.”

A gigante do Vale do Silício também precisará divulgar permanentemente em seus canais de comunicação que a Meta Serviços em Informática “é proprietária da marca Meta no Brasil há mais de 30 anos e não faz parte direta ou indiretamente do grupo Facebook, nem tem qualquer relacionamento com isto.”

A Meta no Brasil disse ao tribunal que foi prejudicada — sendo confundida com a gigante americana pelo público, pela imprensa e até pelas autoridades. Alegou angústia por ter sido incluída indevidamente em diversas ações judiciais contra o dono do Facebook, entre outros inconvenientes.

A Meta Platforms Inc. terá que pagar multa diária de R$ 100 mil (cerca de US$ 20 mil) caso não cumpra a decisão.

Este caso não é a única disputa de propriedade intelectual entre empresas brasileiras e gigantes do Vale do Silício. A Apple também enfrenta um caso semelhante em relação ao nome “iPhone” no Brasil.

A Apple está em uma briga legal com a produtora de tecnologia brasileira IGB (anteriormente conhecida como Gradiente), que solicitou a marca registrada do nome “iphone” em 2000.

A marca só seria concedida em 2008, um ano depois de a Apple ter lançado a primeira iteração do seu agora icónico smartphone.

Este é um exemplo clássico de como os atrasos nas patentes podem ser prejudiciais para as empresas. Um relatório de 2021 classificou o regulador de propriedade intelectual do Brasil, Inpi, como o mais lento do mundo na concessão de patentes, apesar das melhorias recentes.

Em 2021, as duas empresas encerraram 20 rodadas de negociações sem acordo. O caso chegou ao Supremo Tribunal Federal em 2020, e os ministros decidiram torná-lo um marco para estabelecer um precedente sobre como a propriedade intelectual deveria ser tratada no Brasil.

Em outubro de 2023, o tribunal iniciou um “julgamento virtual”, quando os juízes emitiam as suas opiniões eletronicamente para que os julgamentos pudessem terminar mais rapidamente. No entanto, um dos membros do tribunal desistiu do caso após convocar um julgamento presencial – que ainda não foi agendado.



Com informações de Brazilian Report.

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