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Indústria automobilística brasileira pisa no acelerador de investimentos

Desde meados de 2023, diversas montadoras brasileiras anunciaram novos ciclos de investimentos voltados ao lançamento de novos modelos e ao desenvolvimento e produção de veículos elétricos e híbridos no país.

O último anúncio veio da boca do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que disse que a fabricante coreana Hyundai planeja investir mais de US$ 1,1 bilhão no Brasil até 2032, após reunião com o presidente do Grupo Hyundai, Eui-Sun Chung, no palácio presidencial, em 22 de fevereiro. .

Outras montadoras fizeram promessas igualmente ousadas. A Volkswagen, por exemplo, mais do que duplicou os seus planos de investimento para o ciclo 2022-2028, para 16 mil milhões de reais (3,2 mil milhões de dólares) no início deste mês.

Isso segue a nova fase do programa governamental Mover para o setor produzir carros mais seguros e menos poluentes, que inclui R$ 19,3 bilhões em incentivos fiscais nos próximos cinco anos.

No total, o setor automotivo planeja investir R$ 41,4 bilhões no Brasil até 2032, segundo cálculos do governo federal — valor que pode se tornar ainda mais significativo nos próximos dias, quando a Stellantis, controladora de marcas como Peugeot, Citroën , Jeep e Fiat deverão anunciar seu novo ciclo de investimentos.

Contudo, ao contrário dos ciclos anteriores, estes novos investimentos não resultarão num aumento da capacidade de produção ou na criação de emprego. Na verdade, a capacidade de produção industrial do país ainda está abaixo dos níveis pré-pandemia.

De acordo com a Anfavea, associação de fabricantes, o parque fabril do Brasil produziu apenas 2,3 milhões de unidades em 2023 – 1,9% menos que em 2022. Isso está bem abaixo de sua capacidade de produzir 3,6 milhões de veículos e dos níveis pré-pandemia (em 2019, a indústria automobilística brasileira indústria produziu 2,7 milhões de carros).

E este é um fenômeno mundial. No início de 2029, a previsão de Mobilidade Global da S&P – emitida antes da Covid – previa que as vendas e a produção em todo o mundo ultrapassassem os 100 milhões de unidades anuais até 2022. A S&P não espera que este marco seja alcançado até 2030.

A criação de emprego apresenta uma tendência decrescente há já algum tempo, dado o nível crescente de automatização no setor. Entre 2022 e 2023, o número de empregos na indústria automobilística brasileira caiu 2,9%, para 98,9 mil – também bem abaixo dos 125,6 mil registrados em…



Com informações de Brazilian Report.

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