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A caça ao pássaro mais raro do mundo

Calyptura cristata, ou Kinglet Calyptura, é uma das aves mais raras do Brasil e de todo o planeta. É um pequeno papa-moscas amarelo brilhante, com dorso verde-amarelado e crista laranja brilhante. Com uma envergadura de apenas cerca de 8 centímetros, é comparável em tamanho a uma bola de tênis. E isso é quase tudo o que se sabe sobre esta misteriosa espécie de passeriformes.

O Kinglet Calyptura foi descrito pela primeira vez no início do século XIX, junto com a maioria das espécies de aves do Brasil. Os estrangeiros não foram autorizados a entrar no país até 1808, quando a corte portuguesa se transferiu para o Rio de Janeiro, fugindo da invasão de Lisboa por Napoleão. Após a abertura dos portos, dezenas de ornitólogos e outros biólogos chegaram e começaram a coletar espécimes de animais e plantas nesta terra até então desconhecida.

Existem dezenas de espécimes de Kinglet Calyptura em museus de todo o mundo, a maioria deles identificados como tendo sido coletados no Rio de Janeiro durante um período de 50 a 60 anos no século XIX.

Há muito menos exemplos de outras aves que hoje são mais prevalentes na região, sugerindo que o Kinglet Calyptura já foi uma visão comum perto do Rio de Janeiro. Mas os avistamentos registrados e os espécimes coletados pararam após a década de 1860.

A redescoberta

Avançando para outubro de 1996, mais de 130 anos sem qualquer avistamento, e acreditava-se que a ave estava extinta. Pelo menos foi isso até o renomado ornitólogo Ricardo Parrini avistar um casal na copa de uma árvore enquanto observava pássaros no Rio de Janeiro.

“Todos pensavam que o Kinglet Calyptura estava extinto”, disse Parrini O Relatório Brasileiro. “Eu também não tinha muita esperança. Tanto que, quando vi, duvidei seriamente se realmente tinha visto.”

Já considerado um dos melhores ornitólogos do Brasil naquela época, Parrini telefonou imediatamente para seu bom amigo e colega Fernando Pacheco, descrevendo o misterioso avistamento que havia feito.

Em artigo escrito em 2001, Pacheco descreve esse telefonema como uma “provocação”, dizendo que Parrini “não queria afirmar categoricamente o que tinha visto, preferindo liderar [me] à mesma conclusão a que chegou.” Pela descrição detalhada do par de papa-moscas amarelos brilhantes, não havia dúvida de que o Kinglet Calyptura havia sido redescoberto.

Imediatamente, a dupla começou a organizar uma expedição ao local do avistamento, uma trilha de paralelepípedos na chamada Volta do Garrafão, no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, a 90 minutos de carro da cidade do Rio de Janeiro. Eles convidaram um grupo de outros ornitólogos brasileiros para ajudar a confirmar a redescoberta. Sobre…



Com informações de Brazilian Report.

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